Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício (May 2020)

Correlação entre a dinamometria isocinética e a avaliação do salto vertical: uma revisão sistemática

  • Gustavo Sousa Leal Da Mata,
  • Diogo Machado Oliveira,
  • Thiago Ribeiro Lopes,
  • Bruno Moreira Silva

Journal volume & issue
Vol. 13, no. 87
pp. 1183 – 1195

Abstract

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Introdução: A dinamometria isocinética (DI) tem sido considerada como padrão ouro para avaliação da função muscular, porém, é discutível se devido à característica do teste, poderia não detectar déficits funcionais. Para um melhor desfecho, espera-se que o desempenho realizado no teste seja reproduzido em outras tarefas mais específicas. Objetivo: Analisar a correlação entre a DI de membros inferiores e a avaliação do salto vertical (SV). Materiais e Métodos: Foi pesquisada na base de dados PubMed os estudos que analisaram a correlação de algum parâmetro da DI com o salto agachado (SA) e/ou salto com contramovimento (SCM). Foram admitidos indivíduos de ambos os sexos, assintomáticos, com idades entre 18 e 45 anos. Resultados: Foram incluídos 17 estudos para a revisão. Ocorreu uma grande variação nos resultados, mas a maioria dos estudos (n = 12) encontraram correlações significantes entre alguma medida da DI e SV, apresentando correlações moderadas (n = 3), fortes (n = 6) e muito fortes (n = 3). O pico de torque dos extensores do joelho é o parâmetro da DI que melhor se correlaciona com o SV e o SCM foi o tipo de salto melhor correlacionado; a altura do SV foi o parâmetro mais analisado, apresentando correlações com a DI, no entanto, o pico de potência apresenta os melhores resultados. Conclusão: Existem correlações moderadas a muito fortes entre a DI e avaliação do SV, porém não estão presentes em todas as populações. Metodologias de mensuração e correção dos dados pelo tamanho e composição corporal podem influenciar os resultados.