Revista Cerrados (Jun 2020)

Cerrado rupestre do Espinhaço: diversidade genética de espécie endêmica

  • Leonardo Ferreira da Silva,
  • Afrânio Farias de Melo Júnior,
  • Dario Alves de Oliveira,
  • Elytania Veiga de Menezes,
  • Vanessa de Andrade Royo,
  • Murilo Malveira Brandão

DOI
https://doi.org/10.46551/rc24482692202003
Journal volume & issue
Vol. 18, no. 01
pp. 300 – 330

Abstract

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O objetivo do trabalho foi de caracterizar a diversidade e a estrutura genética de 82 indivíduos de P. adamantinum, espécie de campos rupestres e de altitude do Cerrado brasileiro, na região central de Minas Gerais, divididos em 02 populações de 41 indivíduos. Foram utilizados 08 primers ISSR que amplificaram 135 locos, com 108 (80%) locos polimórficos entre as populações e média de 16,9 locos por primer. O valor médio de PIC foi de 0,375. Os valores médios do índice de Shannon (I) e da diversidade genética de Nei (He) foram de 0,491 e 0,341, respectivamente. O índice da proporção da diversidade genética (GST = 0,047) demonstrou que a variabilidade entre e dentro das populações contribuiu com 4,7% e 95,3% da heterozigosidade total (HT), respectivamente. O fluxo gênico observado foi alto (Nm = 10,213), o que contrapõe os efeitos da deriva genética. Foi observada a ocorrência de baixa estruturação genética espacial (EGE) (Sp= 0,058) e coancestria positiva nas duas populações (Fij = 0,016; P < 0,123 em POP01 e Fij = 0,018; P < 0,057 em POP02), ambas avaliadas até a segunda classe de distância. Mesmo com a presença de fatores favoráveis à endogamia, P. adamantinum apresentou altos índices de diversidade genética. O elevado fluxo gênico registrado pode terr amenizado os efeitos do acasalamento de indivíduos aparentados.

Keywords