Dialogia (Aug 2024)

Batuque é um privilégio, ninguém aprende samba no colégio: epifanias autoetnográficas da invisibilização do corpo negro e da negritude na BNCC da Educação Física

  • Márcio Cardoso Coelho,
  • Daniel Teixeira Maldonado,
  • Fabiano Bossle

DOI
https://doi.org/10.5585/49.2024.26839
Journal volume & issue
no. 49

Abstract

Read online

O objetivo desse estudo é compreender como se dá a invisibilidade do corpo negro e da negritude na BNCC da Educação Física do ensino fundamental e como as epifanias geradas ao longo da pesquisa autoetnográfica, auxiliam nessa compreensão. Uma autoetnografia crítica foi realizada em uma escola da rede municipal de Porto Alegre no ano letivo de 2022, com início em fevereiro e término no mês de dezembro. As participantes observações ocorreram nas turmas em que um dos professores esse estudo é docente (educação infantil e ensino fundamental - anos iniciais e finais), com uma carga horária semanal de quarenta horas. Notas (em diário de campo e áudio), diálogos e análise de documentos também foram utilizados na produção das informações. As reflexões produzidas mostraram o apagamento dos saberes e subjetividades produzidos pelo corpo negro no referido currículo nacional, enfatizando seu caráter neocolonial e sua ênfase na educação de mercado.

Keywords