Revista Brasileira de Reumatologia (Apr 2015)

Infliximabe, metotrexato e sua combinação no tratamento da artrite reumatoide: revisão sistemática e metanálise

  • Juliana de Oliveira Costa,
  • Lívia Lovato Pires de Lemos,
  • Marina Amaral de Ávila Machado,
  • Alessandra Maciel Almeida,
  • Adriana Maria Kakehasi,
  • Vânia de Eloísa Araújo,
  • Mariângela Leal Cherchiglia,
  • Eli Iola Gurgel Andrade,
  • Francisco de Assis Acurcio

DOI
https://doi.org/10.1016/j.rbr.2014.10.009
Journal volume & issue
Vol. 55, no. 2
pp. 146 – 158

Abstract

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Foi feita uma revisão sistemática para avaliar a eficácia e a segurança do esquema infliximabe + metotrexato (IFX + MTX) versus MTX isoladamente ou em combinação com outros medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD). Pesquisou‐se nas principais bases de dados eletrônicas e na literatura cinzenta e fez‐se uma busca manual. Dois revisores independentes fizeram a seleção, extração de dados e análise da qualidade dos estudos. A metanálise foi feita com o software Review Manager® 5.1. Incluíram‐se nove estudos. O escore médio na escala de Jadad modificada foi de 4,4, mas somente um estudo mostrou baixo risco de viés. O esquema IFX + MTX apresentou melhores respostas nos desfechos clínicos de ACR e do DAS28 por até 54 semanas e na progressão radiográfica por até 104 semanas. As perdas de seguimento decorrentes da falta de eficácia foram menores no grupo IFX + MTX. Não foi observada diferença estatisticamente significante nos eventos adversos. A combinação IFX + MTX é mais eficaz do que o tratamento com MTX isolado ou em combinação com MMCD. Esse esquema apresentou boa tolerabilidade em pacientes previamente tratados com MMCD, não tratados com MTX ou com respostas insuficientes ao MTX. A eficácia do regime IFX + MTX é observada principalmente durante os períodos iniciais do tratamento. Altas doses de IFX foram tão eficazes quanto a dose padrão, mas com a possibilidade maior risco de infecções graves. Recomenda‐se, portanto, que os médicos utilizem a dose padrão de IFX de 3 mg/kg a cada oito semanas.

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