Revista Águas Subterrâneas (Jan 2019)

VALIDAÇÃO DO MAPA DE VULNERABILIDADE INTRÍNSECA DA BACIA DO RIO SÃO MIGUEL (MG) POR CORRELAÇÕES DE MAPAS HIDROQUÍMICOS DE NITRATO

  • THIAGO NOGUEIRA LUCON,
  • DÉBORA LARA PEREIRA,
  • PAULO HENRIQUE GALVÃO,
  • PEDRO HENRIQUE DA SILVA ASSUNÇÃO

DOI
https://doi.org/10.14295/ras.v0i0.29411
Journal volume & issue
Vol. 0, no. 0

Abstract

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Grande parte da água consumida pela humanidade é oriunda de reservas subterrâneas e, devido à ocupação do solo sem planejamento, o risco de contaminação de aquíferos pode gerar problemas no desenvolvimento econômico e social de uma região. Estudos que visam a caracterização de áreas vulneráveis à contaminação de aquíferos podem auxiliar nesse planejamento do controle da qualidade da água. Consequentemente, uma validação do mapa é favorável para sua confiabilidade. Nesse contexto, a pesquisa buscou validar o mapa de vulnerabilidade intrínseca da bacia do rio São Miguel (≈ 520 km²) por meio de estudos utilizando o mapeamento hidroquímico com os teores anômalos de nitrato acima dos valores permitidos pela Resolução do CONAMA nº 396. A bacia está localizada no centro oeste de Minas Gerais, inserida no extremo meridional da bacia do rio São Francisco, com presença de rochas carbonáticas neoproterozoicas do Grupo Bambuí, pertencentes à Formação Sete Lagoas. O método de vulnerabilidade EPIK é realizado por meio do mapeamento sistemático dos seguintes parâmetros: epicarste (E); cobertura de proteção (P); condições de infiltração (I) e desenvolvimento cárstico (K). Para a validação do mapa de vulnerabilidade intrínseca, foi utilizado o mapa de concentrações anômalas de NO3-; os dados foram adquiridos por meio de um monitoramento sazonal de dois anos hidrológicos, a partir dos 39 pontos de monitoramento distribuídos ao longo da bacia. Os resultados hidroquímicos de NO3- anômalos da água subterrânea corresponderam às áreas mais vulneráveis, logo, o mapeamento de vulnerabilidade foi validado.