Revista da Escola de Enfermagem da USP (Dec 2015)

Carga de trabalho de enfermagem: preditor de infecção relacionada à assistência à saúde na terapia intensiva?

  • Lilia de Souza Nogueira,
  • Renata Eloah de Lucena Ferretti-Rebustini,
  • Vanessa de Brito Poveda,
  • Rita de Cassia Gengo e Silva,
  • Ricardo Luis Barbosa,
  • Elaine Machado de Oliveira,
  • Rafaela Andolhe,
  • Kátia Grillo Padilha

DOI
https://doi.org/10.1590/S0080-623420150000700006
Journal volume & issue
Vol. 49, no. spe
pp. 36 – 42

Abstract

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RESUMO Objetivo Analisar a influência da carga de trabalho de enfermagem na ocorrência de infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), segundo o tipo de tratamento. Método Estudo de coorte retrospectivo desenvolvido em nove UTI em São Paulo, Brasil, de setembro a dezembro de 2012. A carga de trabalho de enfermagem foi mensurada pelo Nursing Activities Score (NAS). Os testes T-Student, Exato de Fisher e regressões logísticas foram utilizados nas análises. Resultados A casuística foi composta por 835 pacientes (54,3±17,3 anos; 57,5% do sexo masculino), dentre os quais 12,5% adquiriram IRAS na UTI. O NAS dos pacientes admitidos para tratamento clínico foi de 71,3±10,9 e para cirúrgico, 71,6±9,2. O tempo de permanência na unidade e a gravidade foram fatores preditivos para ocorrência de IRAS em pacientes admitidos nas UTI para tratamento clínico ou cirúrgico e o sexo masculino apenas para pacientes cirúrgicos. Ao considerar as admissões independentes do tipo de tratamento, além das variáveis citadas, o índice de comorbidades também permaneceu no modelo de regressão. O NAS não foi fator preditivo de IRAS. Conclusão A carga de trabalho de enfermagem não exerceu influência na ocorrência de IRAS nos pacientes deste estudo.

Keywords