Revista de Saúde (Jun 2019)
Alcaloide esteroidal, substância de Solanum paludosum, com atividade larvicida sobre Aedes aegypti
Abstract
Aedes aegypti é reconhecido no Brasil como o vetor de importantes doenças de importância médica, como a dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. Como o controle é a principal forma de se prevenir das afecções provocadas por este mosquito, os serviços de Saúde Pública fazem uso de inseticidas sintéticos químicos, que tendem a impactar o biossistema. Os produtos naturais obtidos de plantas se apresentam como uma alternativa menos tóxica e eficaz no controle de pragas e vetores. Neste estudo buscou-se avaliar a ação de Solasodina, isolada de Solanum paludosum, sobre as formas imaturas de A. aegypti. A substância foi aplicada no meio de criação das larvas (L3) nas concentrações de 10, 50, 100 e 150 μg/mL. O alcaloide interferiu no desenvolvimento do vetor, com um aumento considerável na fase do desenvolvimento até a fase adulta. Solasodina apresentou toxidade larval considerável (70 %) sobre as larvas do culicídeo na concentração de 150 μg/mL. Os dados mostraram atividade larvicida do alcaloide esteroidal solasodina e sua interferência no desenvolvimento de A. aegypti.