Revista Brasileira de Meteorologia (Mar 2012)

Assessing the response of maize phenology under elevated temperature scenarios Resposta fenológica do milho em cenários de aumento de temperatura

  • Nereu Augusto Streck,
  • Stefanía Dalmolin da Silva,
  • Josana Andreia Langner

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-77862012000100001
Journal volume & issue
Vol. 27, no. 1
pp. 1 – 12

Abstract

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The objective of this study was to simulate the development of maize in elevated temperature scenarios at Santa Maria, RS, Brazil. The developmental cycle of maize was simulated with the Wang and Engel (WE) model with genotype-dependent coefficients for the cultivar BRS Missões. The developmental cycle was divided into vegetative phase (from emergence to silking), and reproductive phase (from silking to physiological maturity). Twelve sowing dates throughout the year were considered, resulting in emergences on the day 15 of each month all year round. Climate scenarios used were synthetic time series of 100 years of current climate and with increase in mean air temperature of +1, +2, +3, +4, and +5, with symmetric and asymmetric increases in daily minimum and maximum temperatures. As temperature increased, the number of years in which crop was killed by frost decreased, indicating that if global warming will confirm, the growing season for maize grown in subtropical environment will be longer by the end of this century. Maize vegetative and reproductive development was delayed or hastened depending upon the emergence time of the year, and if the increase in air temperature is symmetric or asymmetric, indicating complex Genotype x Environment interactions and high vulnerability of maize development to climate change.O objetivo deste trabalho foi simular o desenvolvimento da cultura de milho em cenários de aumento de temperatura em Santa Maria, RS, Brasil. O ciclo de desenvolvimento do milho foi simulado com o modelo de Wang e Engel (WE) com coeficientes dependentes do genótipo, para a cultivar BRS Missões. O ciclo de desenvolvimento foi dividido em fase vegetativa (da emergência ao espigamento) e fase reprodutiva (do florescimento até a maturidade fisiológica). Foram consideradas doze datas de semeadura, resultando a emergência no dia 15 de cada mês durante todo o ano. Os cenários climáticos utilizados foram séries sintéticas de 100 anos do clima atual e com aumentos na temperatura média do ar de +1, +2, +3, +4 e +5, com aumentos simétricos e assimétricos na temperatura mínina e máxima diária. Com o aumento da temperatura, diminuiu o número de anos em que a cultura foi morta pela geada, indicando que, se o aquecimento global se confirmar, o calendário do cultivo do milho será maior até o final deste século. O desenvolvimento vegetativo e reprodutivo do milho foi retardado ou acelerado dependendo da época de emergência da cultura ao longo do ano, e se o aumento na temperatura do ar é simétrico ou assimétrico, o que indica uma complexa interação Genótipo x Ambiente, bem como, alta vulnerabilidade do desenvolvimento do milho à mudança climática.

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