Viso (Jun 2017)
“Como no princípio”: O balbucio da linguagem poética
Abstract
Todos os escritores procuram algo, mesmo que nem sempre saibam o que procuram. Das suas obras sempre esperamos e retemos alguns achados, mas sobretudo estimamos a perseverança no exercício de nomear e renomear o mundo, que é prerrogativa da nossa liberdade. Nascimento continuado, a literatura sacode ou faz gaguejar a língua, desconhecendo o ascendente das suas origens e expondo a linguagem ao risco da sua suspensão – e quiçá também à possibilidade do recomeço. O presente trabalho pretende explorar algumas das singularidades da linguagem poética enquanto expressão criadora, a partir de um diálogo com as obras de Maurice Merleau-Ponty, Michel Foucault e Gilles Deleuze.
Keywords