Ciência Rural (Dec 2013)
Ivermectina e abamectina em diferentes doses e vias de aplicação contra larvas de Cochliomyia hominivorax em bolsas escrotais de bovinos recém-castrados, provenientes da região sudeste do Brasil
Abstract
Avaliou-se a eficácia preventiva da ivermectina e da abamectina, administradas em diferentes vias (subcutânea, intramuscular e pour-on) e doses (200 e 500mcg kg-1), contra larvas de Cochliomyia hominivorax em bolsas escrotais de bovinos após a castração. Foram utilizados animais de seis propriedades do estado de São Paulo e Minas Gerais, Brasil. Para cada estudo, selecionou-se de 30 a 45 bovinos não castrados, dependendo do número de grupos. No dia zero do estudo, realizou-se o processo de castração pelo método cruento, sendo os animais tratados após este processo. Avaliou-se a eficácia da ivermectina e da abamectina administradas via pour-on (500mcg kg-1), subcutanea (200mcg kg-1), bem como a eficácia da abamectina pela via intramuscular (200mcg kg-1). Em cada experimento, um grupo de animais foi mantido como controle. Os animais foram avaliados do 3° ao 14° dia após o processo de castração/tratamento. Os valores de eficácia para ambos os princípios ativos foram ≤30% próximos ao 10° dia pós-tratamento (DPT), sendo que, em cinco experimentos, tanto a ivermectina quanto a abamectina, independente da via de administração, foram ineficazes (0,0%) no 10°DPT. Com base nos resultados encontrados no presente estudo, conduzidos em diferentes propriedades da região sudeste do Brasil, tanto a ivermectina quanto a abamectina, quando utilizadas com base no protocolo apresentado, foram consideradas ineficazes na prevenção de miíases escrotais em bovinos, independente da via e dose de administração utilizada.
Keywords