Revista Brasileira de Oftalmologia ()
Estudo do coeficiente de asfericidade e aberração esférica longitudinal da superfície corneana
Abstract
Resumo Objetivo: Correlacionar o coeficiente de asfericidade com a aberração esférica longitudinal na superfície corneana, correlacionando também cada uma dessas variáveis com a ceratometria média Métodos: Realizou-se um estudo observacional através da coleta de dados pré-operatórios nos prontuários de indivíduos candidatos a facectomia. Os dados coletados se referiam ao sexo e idade, além do Q, LSA da superfície corneana e ceratometria média (Km). Foram excluídos do estudo os pacientes que realizaram qualquer procedimento cirúrgico corneano, por alterar as medidas da Q, LSA e Km. O topógrafo selecionou, de maneira fixa, uma área 4,5mm da superfície anterior da córnea para medida do Q e da LSA, tendo como ponto central o eixo pupilar. A ocorrência da LSA é relevante em ambientes de penumbra, em indivíduos com pupila maior que 3mm. Resultados: A amostra foi composta por 70 olhos de 35 indivíduos: 24 (68,6%) mulheres e 11 (31,4%) homens. A idade variou de 48 a 89 anos (média de 69,97 ± 8,29). A Km variou de 41,00D a 46,50D com média de 43,94 ± 1,48D. Na avaliação do Q da superfície corneana se observou uma média de -0,15 ± 0,15. Seis (8,57%) córneas apresentaram desenho esférico com Q= 0 e apenas uma córnea apresentou desenho asférico com Q= -0,50, gerando LSA= 0,0µm. Em relação a LSA da superfície corneana se observou média de +0,33 ± 0,14 µm. Quarenta e dois olhos (60,0%) apresentaram LSA entre +0,31 a +0,64µm e 19 (27,15%) entre +0,16 a +0,30µm. Não houve correção entre a Km e o Q (r= -0,005 / p= 0,965), assim como entre Km e a LSA (r= 0,167 / p= 0,170). Observou-se correlação (r= 0,962 / p= 0,000) entre as variáveis Q x LSA. Conclusão: Foi observada correlação entre o Q e a LSA da superfície corneana. Não foi observado correlações entre o coeficiente de asfericidade ou aberração esférica longitudinal com a ceratometria média.
Keywords