Pubvet (Aug 2023)

Tumor venéreo transmissível observados no projeto de controle populacional, no município de Salinas, Norte de Minas Gerais

  • Amandha Pâmella Dias Moreira,
  • Daniel Junior Silva Pinto,
  • Valéria Magro Octaviano Bernis,
  • Walter Octaviano Bernis Filho,
  • Ana Carolina Leite Albeny

DOI
https://doi.org/10.31533/pubvet.v17n8e1440
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 08

Abstract

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O tumor venéreo transmissível (TVT) é também conhecido como tumor de Sticker, condiloma canino ou linfossarcoma venéreo, referenciado como um neoplasma contagioso, constituído por células redondas, primariamente encontrado na genitália externa, mas também podem ocorrer neoplasmas primários extragenitais e metastáticos. Podem ser únicos ou múltiplos, de até 10 cm de diâmetro, com uma superfície avermelhada, ulcerada e de nódulos múltiplos. Este trabalho realizou levantamento de tumor venéreo transmissível observados no projeto de controle populacional, no município de Salinas, Norte de Minas Gerais. A pesquisa foi realizada no Hospital Veterinário do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais, Campus Salinas, Minas Gerais, com 31 cães no total, no período de julho a dezembro de 2022, provenientes do canil municipal de Salinas. Foram realizadas as técnicas de swab e imprint, vaginal ou peniano dos cães. A frequência de TVT nos cães avaliados foi 54,84%. Do total de 17 animais positivos para TVT, somente 3 deles (17,65%), apresentaram lesões macroscópicas com massas neoplásicas presentes na região genital e os outros 14 (82,35%), não as apresentavam. Com base nos exames citomorfológicos, a maior frequência foi do tipo TVT plasmocitoide com 64,70%. De acordo com a distribuição pelo sexo, avaliando-se de forma geral, houve uma maior frequência de TVT em fêmeas (64,70%), em relação aos machos (35,30%). Todavia, o maior número de animais participantes do projeto nesse período foi de fêmeas, sendo 22 fêmeas e nove machos. Em relação a distribuição da frequência de TVT, quanto ao sexo, no que tange a citomorfologia das células tumorais, avaliou-se uma maior frequência de TVT plasmocitoide tanto em fêmeas (63,64%), como em machos (66,66%). O presente estudo é o primeiro a realizar um levantamento de casos de TVT em cães no município de Salinas, Norte de Minas Gerais. Os dados obtidos sugerem uma frequência elevada, além de acometer ambos os sexos. Um dos fatores que favorecem a disseminação do TVT, é a falta de informação quanto aos cuidados com os animais, posse responsável e projetos de castração, evitando a disseminação não só de TVT, como outras doenças de saúde pública, sendo de extrema importância a orientação da sociedade. Propõe-se a realização de novos estudos municipais ou regionais a fim de comparar a ocorrência de TVT, visto que a cultura da região ainda é manter seus animais semidomiciliados e há uma grande quantidade de cães errantes, justificando assim os dados encontrados.

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