Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (Nov 2018)

Estudo epidemiológico do trauma bucomaxilofacial em um hospital de referência da Paraíba.

  • Joab Cabral Ramos,
  • Mirla Lays Dantas de Almeida,
  • Yan Carlos Gomes de Alencar,
  • Luís Ferreira de Sousa Filho,
  • Camila Helena Machado da Costa Figueiredo,
  • Manuella Santos Carneiro Almeida

DOI
https://doi.org/10.1590/0100-6991e-20181978
Journal volume & issue
Vol. 45, no. 6

Abstract

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RESUMO Objetivo: estudar os dados epidemiológicos de pacientes vítimas de traumas bucomaxilofaciais atendidos em um hospital de referência da Paraíba. Métodos: estudo transversal de abordagem indutiva com procedimento estatístico comparativo e técnica de pesquisa por documentação direta em campo. O universo foi constituído dos prontuários hospitalares obtidos de janeiro de 2016 a dezembro de 2017 de pacientes atendidos pelo Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial desse hospital. A amostra foi composta por 332 pacientes de acordo com os critérios de elegibilidade do estudo. A coleta de dados foi realizada por dois examinadores previamente calibrados e os dados foram analisados descritiva e inferencialmente. Resultados: os pacientes do sexo masculino foram mais acometidos por trauma facial (83,1%), principalmente na terceira década de vida (32,2%). Acidentes motociclísticos foram a etiologia mais comum de trauma para ambos os sexos. Em relação à estatística inferencial com margem de erro fixada em 5%, não foi observada associação significativa (p>0,05) entre os sexos e os fatores etiológicos do trauma. Os ossos do nariz (38,2%) foram os ossos mais afetados e a lesão mais frequente de partes moles foi o edema, em 50,9% dos casos. Apenas 20,8% dos pacientes com fraturas ósseas foram politraumatizados. Conclusão: as vítimas de traumatismo bucomaxilofacial atendidas em nosso hospital são predominantemente homens na terceira década de vida, envolvidos em acidentes motociclísticos e com lesões em ossos do nariz.

Keywords