Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Feb 2005)

Oligodramnia sem rotura das membranas amnióticas: resultados perinatais Oligohydramnios without premature rupture of membranes: perinatal outcomes

  • José Mauro Madi,
  • Edson Nunes de Morais,
  • Breno Fauth de Araújo,
  • Renato Luís Rombaldi,
  • Sônia Regina Cabral Madi,
  • Luciano Ártico,
  • Natacha Araújo Machado

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-72032005000200006
Journal volume & issue
Vol. 27, no. 2
pp. 75 – 79

Abstract

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OBJETIVO: avaliar os resultados perinatais em casos de oligodramnia sem rotura de membranas amnióticas. MÉTODOS: foram estudados retrospectivamente 51 casos consecutivos de oligodramnia (índice de líquido amniótico (ILA) menor que 5 cm) em nascimentos ocorridos no período de março de 1998 a setembro de 2001. Compararam-se os dados obtidos aos de 61 casos com quantidade intermediária e normal de líquido amniótico (ILA >5 cm). Analisaram-se variáveis maternas e neonatais, bem como taxas de mortalidade fetal, neonatal precoce e perinatal. As avaliações estatísticas foram realizadas mediante a aplicação do teste não paramétrico do c² com a correção de Yates, e do teste t de Student. Adotou-se o nível de significância de 5%. RESULTADOS: não houve diferença significante entre os grupos estudados, ao se analisar a ocorrência de síndrome hipertensiva, presença de mecônio, índice de Apgar inferior a sete no primeiro e quinto minuto, internação na unidade de tratamento intensivo neonatal e prematuridade. A oligodramnia associou-se significantemente ao tipo de parto (pPURPOSE: to evaluate perinatal outcomes in cases of oligohydramnios without premature rupture of membranes. METHODS: a total of 51 consecutive cases of oligohydramnios (amniotic fluid index, AFI 5). Maternal and neonatal variables, as well as fetal mortality, early neonatal, and perinatal mortality rates were analyzed. For statistical analysis the c² test with Yates correction and Student's t test were used with level of signicance set at 5%. RESULTS: there were no significant differences between groups when the presence of gestational hypertensive syndromes, meconium-stained amniotic fluid, 1- and 5-minute Apgar score, need of neonatal intensive center unit, and preterm birth were analyzed. Oligohydramnios was associated with the way of delivery (p<0.0002; RR=0.3), fetal distress (p<0.0004; RR=2.2) and fetal malformations (p<0.01; RR=5.4). Fetal malformation rates were 17.6 and 3.3% in oligohydramnios and normal groups, respectively. Fetal mortality (2.0 vs 1.6%), early neonatal (5.9 vs 1.6%) and perinatal mortality (7.8 vs 3.3%) rates in both groups did not show statistical significance. CONCLUSION: Oligohydramnios was related to increased risk factor for cesarean section, fetal distress and fetal malformations.

Keywords