Letras de Hoje (Jan 2015)

L’activité peut-elle être objet d’ “analyse”? = A atividade pode ser objeto de “análise”?

  • Schwartz, Yves

Journal volume & issue
Vol. 50, no. supl.
pp. s42 – s52

Abstract

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Dentro do quadro de uma confrontação entre diversos pesquisadores de ciências humanas sobre o conceito de atividade, este texto traça, primeiramente, uma breve história desse conceito tal qual a abordagem ergológica tem progressivamente construído, a partir da história filosófica desse conceito e dos encontros que os protagonistas dessa abordagem puderam fazer há mais de trinta anos. Com o conceito de atividade como dramática de uso de um corpo-si, uma visão antropológica é gradualmente imposta: a atividade como renegociação permanente das normas geradas e/ou instituídas na história aparece como a forma especificamente humana do viver, o trabalho sendo dentro dessa forma um lugar particularmente denso de debates com essas normas em que o corpo-si é a base. O texto propõe então aprofundar as implicações do conceito de debate de normas, como fabricador de história, como reproblematizando o campo da epistemologia, como convocando um universo axiológico no coração de todo agir individual e coletivo. Sendo abordado assim, esse conceito desloca o problema das relações micro/macro, determinações sociais / criatividades singulares, diversos limites temporais em que temos de tratar esses debates, níveis inumeráveis onde eles se representam no seio do nosso corpo-si. Este texto conclui disso que, se o conceito de atividade é assim abordado, a ideia que se pode ter dos “métodos de análise” parecem pouco aceitáveis. Por outro lado, com a ajuda de todo método que revela a complexidade do trabalho, o esforço de análise do trabalho como atividade nos parece a ser desenvolvido, para dar visibilidade e futuro às reservas de alternativa que todo agir humano produz sem pausa

Keywords