Revista Brasileira de Ortopedia (Jan 2011)
Laserterapia de baixa intensidade no pós-operatório da síndrome do túnel do carpo Low-level laser therapy after carpal tunnel release
Abstract
OBJETIVO: Avaliar o tratamento pós-operatório da síndrome do túnel do carpo (STC), utilizando-se a laserterapia de baixa intensidade (LBI). MÉTODO: Foram avaliados prospectivamente 58 pacientes portadores de STC, divididos aleatoriamente em dois grupos: tratamento com LBI (grupo 1) e placebo (grupo 2). Foi utilizado laser de 830nm, de gálio-alumínio-arsênico, e potência de 30mW. RESULTADOS: Houve predominância do sexo feminino, em ambos os grupos. A média de idade dos pacientes do grupo 1 foi de 44,3 anos e do grupo 2, de 51,9 anos. A média do tempo de evolução da doença foi aproximadamente dois anos em ambos os grupos. A média do tempo decorrido para alta do tratamento foi de 3,6 meses, em ambos os grupos, com menor número de pacientes queixosos no pós-operatório do grupo 1 do que do grupo 2. Ao fim do tratamento, no grupo 1, 29,41% dos pacientes apresentavam eletroneuromiografia alterada, enquanto que, no grupo 2, foram 63,64% dos pacientes após seis meses. CONCLUSÕES: Trata-se de estudo inicial sobre a terapêutica adjuvante utilizando LBI no pós-operatório da STC. A metodologia apresentada foi suficiente para a avaliação pós-operatória dos pacientes do estudo. Os pacientes submetidos à LBI após a cirurgia para STC foram beneficiados e obtiveram melhores resultados funcionais quando comparados ao grupo controle. A técnica foi eficaz e sem efeitos adversos nos pacientes estudados.OBJECTIVE: Evaluate the post-operative treatment of CTS, using the LLLT. METHOD: We prospectively evaluated 58 patients with CTS, randomly divided into two groups: treatment with LLLT (Group 1) and placebo (Group 2). A 830 nm gallium-aluminum-arsenic laser was used, with a power of 30 mW. RESULTS: There was female predominance in both groups. The mean age of the patients in Group 1 was 44.3 years and in Group 2, 51.9 years. The average duration of disease progression was around two years in both groups. The average time elapsed since discharge from treatment was 3.6 months in both groups, and fewer patients had postoperative complaints in Group 1 than in Group 2. At the end of the treatment, in Group 1, 29.41% of the patients presented electromyographic abnormalities, while in Group 2, 63.64% of the patients had abnormalities, after six months. CONCLUSION: This was an initial study on adjuvant therapy using postoperative LLLT on CTS. The method presented was sufficient for postoperative evaluation of the patients in this study. Patients undergoing LLLT after surgery for CTS were benefited and had better functional outcomes than shown by the control group. The technique was effective and did not have any adverse effects on the patients studied.
Keywords