Revista Paulista de Pediatria (Sep 2017)

USO DE VARFARINA EM PEDIATRIA: CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E FARMACOLÓGICAS

  • Bruna Bergmann Santos,
  • Isabela Heineck,
  • Giovanna Webster Negretto

DOI
https://doi.org/10.1590/1984-0462/;2017;35;4;00008
Journal volume & issue
no. 0

Abstract

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RESUMO Objetivo: Descrever como as crianças respondem à anticoagulação oral com varfarina, verificando a influência da idade, da condição clínica, da via de administração da varfarina e do uso de Nutrição Parenteral Total (NPT), e apresentar a presença de fatores de risco para eventos tromboembólicos (TE). Métodos: Estudo transversal retrospectivo com pacientes ≤18 anos que iniciaram o uso da varfarina em um hospital universitário. Os pacientes foram divididos conforme condição clínica, idade, forma de administração do medicamento e uso de NPT. Foram utilizados os dados dos prontuários dos pacientes, considerando os fatores de risco para TE já descritos na literatura, o tempo e a dose necessária para atingir a primeira Razão Normalizada Internacional (INR) no alvo e eventos adversos nesse período. No período posterior ao alcance de INR, foi verificada a manutenção da anticoagulação, por meio da dose prescrita e dos exames de INR. Resultados: Vinte e nove pacientes foram incluídos no estudo. O principal fator de risco para TE foi o uso de cateter venoso central, em 89,6% dos pacientes. Os pacientes com síndrome do intestino curto e em uso de NPT necessitaram de doses significativamente maiores (p≤0,05) para atingir e manter a INR no alvo. Os pacientes com ≤1 ano levaram mais tempo e necessitaram de uma dose maior para anticoagular e para manter o INR no alvo que os pacientes mais velhos. A mediana de exames de INR abaixo do alvo foi de 48,2% nos grupos estudados. Conclusões: A complexidade da terapia anticoagulante reforça a necessidade da elaboração de protocolos que orientem a prática clínica.

Keywords