Revista Ciências em Saúde (Sep 2016)
Uso não Prescrito de Metilfenidato entre Estudantes de uma Faculdade de Medicina do Sul de Minas Gerais / Non-Medical use of Methylphenidate among Students of a Medical School in the Southern of Minas Gerais State
Abstract
Objetivo: Identificar dentre acadêmicos de uma Faculdade de Medicina no Sul de Minas Gerais, usuários do metilfenidato, os principais motivos de utilização deste fármaco, as formas de aquisição e os possíveis efeitos colaterais. Materiais e Métodos: O estudo é descritivo e transversal e para a coleta de dados foi utilizado um questionário fechado, de caráter anônimo e de autopreenchimento, aplicado entre os meses de agosto e dezembro de 2015. Foram incluídos ao acaso 120 alunos dos 6 anos do curso médico. Resultados: Entre os participantes, 70 (58,33%) eram do sexo feminino e 50 (41,67%) eram do sexo masculino e a média de idade foi de 22,27 anos. Foi encontrada uma prevalência de 25% para o uso não prescrito de metilfenidato, com maior proporção de uso no sexo masculino. O aumento da concentração em época de provas foi citado como propósito de uso por 76,67% do total de pessoas que fazem uso indiscriminado. Além disso, 66,67% afirmaram ter tido o primeiro contato com a substância na faculdade e 60% obtiveram a droga por meio de doação de amigos. Os principais efeitos colaterais citados foram: ansiedade, insônia, euforia, taquicardia, redução de apetite, irritabilidade, cefaleia e tremores. Conclusão: O presente estudo evidencia uma elevada prevalência do uso não prescrito de metilfenidato, por acadêmicos de Medicina. Palavras-chave: Metilfenidato, Prevalência, Estudantes de Medicina ABSTRACT Objective: Identify among the academic students, users of methylphenidate in a medical school in the southern Minas Gerais, the main reasons for the use, the access and the possible side effects. Materials and Methods: The study is a cross-sectional, quantitative and descriptive study among 120 students of six series of the medical school. The instrument used for gathering data was an anonymous self-filling questionnaire, applied between August and December 2015. Results: Among the participants, 70 (58.33%) were female and 50 (41.67%) were male and the average age was 22, 27 years. A prevalence of 25% for non-prescribed use of methylphenidate was found, with a higher proportion of use in males. Among those, 76.67% used it in order to increase their concentration in exam time. In addition, 66.67% reported having their first contact with the substance in college and 60% obtained the drug through donation of friends. The main side effects reported were: anxiety, insomnia, euphoria, tachycardia, decreased appetite, irritability, headaches and tremors. Conclusion: This study shows a high prevalence of non-prescribed use of methylphenidate by medical students. Keywords: Methylphenidate, Prevalence, Medical Students