Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (May 2020)
A Mente de uma Maranhense Transgressora, Esta Ninguém Pode Escravizar: Vida e Obra de Maria Firmina dos Reis como Retrato da Condição Feminina no Século XIX
Abstract
Maria Firmina dos Reis, natural de São Luís – Maranhão, foi uma relevante personalidade maranhense do século XIX. Atribui-se a ela a criação da primeira escola pública mista do Estado. Na literatura, sua “boa morada”, ingressou ao publicar o romance Úrsula (1859), defendido, por boa parte dos teóricos, como o primeiro romance genuinamente brasileiro, requisitos para que ela seja reconhecida como autora feminina que surgiu em um universo pensado exclusivamente pelo masculino. Discute-se, neste estudo, os motivos pelos quais Firmina não é reconhecida pelo cânone literário. Para tanto, foram visitadas produções de autores como Nascimento de Morais Filho (1975), Kothe (2001), Silva (2013) e Adler (2015) que pontuam prováveis causas do ostracismo a que Firmina foi relegada até meados da década de 70. Hoje, quase 160 anos após sua primeira publicação, sem influência direta do patriarcalismo, busca-se difundi-la como notável e relevante personalidade maranhense. Palavras-chave: Escrita Feminina. Romance Maranhense. Patriarcalismo. The Mind of a Transgressor Maranhense, Nobody Can Slave: Maria Firmina dos Reis’Life and Production as a Portrait of the Female Condition in the 19rh Century ABSTRACT Maria Firmina dos Reis, a native of São Luís - Maranhão, was a relevant 19th Century personality, is attributed to her the creation of the first public school in the state. On literature, her “good home”, she entered by publishing the novel Úrsula (1859), defended by theorists as the first genuinely Brazilian novel, requirements for her to be recognized as a female author who emerged in a universe thought exclusively by the masculine. This study discusses the reasons why Firmina is not considered by the literary canon, therefore, authors' productions were visited such as Nascimento de Morais Filho (1975), Kothe (2001), Silva (2013) and Adler (2015); they punctuate probable causes of the ostracism to which Firmina was relegated until the mid-1970’s. Today, almost 160 years after her first publication, without direct influence from patriarchalism, seeks to spread her as a remarkable and relevant Maranhão personality. Keywords: Female Writing. Romance Maranhense. Patriarchy.
Keywords