Revista GEMInIS (Aug 2013)
The Last Silent Movie: Escritura e desaparição na obra de Susan Hiller
Abstract
Qual imagem poderia assumir a extinção de um povo? Qual palavra poderia abarcar a condição ameaçada de uma língua? A obra de Susan Hiller tenta dar conta do entrelaçamento destas duas questões. Partindo da critica à lógica ocidentalizada de tudo mostrar e tudo ver das imagens que povoam o cotidiano, a obra percorre outra via: expor o gesto e sua produção paradoxal da visibilidade como invisibilidade. Nenhuma imagem é dada ao espectador, assim como nenhuma palavra é conhecida do leitor. É na montagem híbrida que a ameaça e extinção das línguas e dos povos adquire uma forma que interroga os próprios modos de sua exposição como desaparecimento.