Veterinary News (Apr 2019)

Considerações adaptativas e morfológicas dos ossos do membro torácico do Tapirus terrestris (Perissodactyla, tapiridae)

  • Saulo Gonçalves Pereira,
  • Daniela Cristina Silva Borges,
  • Felipe César de Araújo Machado,
  • Alex Rodrigo Borges,
  • André Luiz Quagliatto Santos

Journal volume & issue
Vol. 24, no. 2
pp. 1 – 1

Abstract

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Tapirus terrestris é um dos maiores mamíferos das Américas, distribui-se desde o sul do Brasil e Argentina, até o norte do continente sul-americano. Objetivou-se, com esse estudo, traçar um breve histórico do surgimento dos tapirídeos através de uma revisão de literatura e apresentar as adaptações morfológicas e ambientais dos ossos do cíngulo escapular, braço, antebraço e mão de T. terrestris. Utilizaram-se quatro esqueletos de antas doados ao Laboratório de Ensino e Pesquisa em Animais Silvestres da Universidade Federal de Uberlândia. Os ossos foram minuciosamente analisados e descritos. Os tapirídeos surgiram na Terra no início do Pleistoceno e na América do Sul no Mioceno. O esqueleto do cíngulo escapular e braço de T. terrestris é constituído pelos ossos escápula e úmero, respectivamente. Esses ossos na espécie estudada são bastante protuberantes e desenvolvidos. Os ossos que constituem o esqueleto do antebraço de T. terrestris são a ulna e o rádio, já os ossos da mão os ossos do carpo, metacarpo, falanges e sesamóides. Os ossos de T. terrestris são protuberantes e resistentes com acidentes que, aparentemente, auxiliam no deslocamento cursorial. Por ser um animal cursorial tem adaptações morfológicas específicas que se relacionam ao seu nicho e habitat.