DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada (Jan 2010)
Embodiment in cognitive linguistic: from experientialism to computational neuroscience Corporeidade em linguística cognitiva: do experiencialismo à neurociência computacional
Abstract
The aim of this paper is to reflect on the character of embodiment in the framework of Cognitive Linguistics based on Lakoff, collaborators and interlocutors. Initially I characterize the embodied mind, via cognitive experientialism. In these terms, the theory shapes how human beings build and process knowledge structures which regulate their individual and collective lives. Next, the Neural Theory of Language in which embodiment is rebuilt from a five level paradigm, where structured connectionism carries on the very burden of computational description and explanation is discussed. From these assumption, classical problems about computational implementations for models of natural language functioning as reductionist-physicalist approaches, I then conclude by assuming that embodiment, as an investigation phenomenon, shouldn't be formulated in terms of levels, being treated as interfaces instead, at such manner that: (a) the epistemological commitments should be synchronically sustained in all interfaces of the investigation paradigm; (b) the conventional computational level should be taken as one of the problems which has to be treated in the structured connectionism plan; (c) the strategic reduction levels paradigm and the results obtained from it might imply a kind of modularization of the program of research itself; e (d) the modules would be interdependent only as a result of the reductionist proposal. As a result, I assume that it is possible to do Cognitive Linguistics without adhering to structured connectionism, or to neurocomputacional simulation, as long as one would operate with interfaces constructions between domains of investigation and not with a reductionist features paradigm treated in terms of "levels".Este artigo é uma reflexão sobre o caráter da corporeidade no quadro da Lingüística Cognitiva associada a Lakoff, colaboradores e interlocutores. Inicia-se com a caracterização de mente corpórea, via experiencialismo cognitivo. A teoria, nesses termos, modela como os seres humanos constroem e processam estruturas de conhecimento que regulam sua vida individual e coletiva. Em seguida, discute-se a Teoria Neural da Linguagem, em que a corporeidade é reconstruída a partir de um paradigma de cinco níveis, em que o conexionismo estruturado carrega o peso da descrição e explanação computacional. Em vista disso, retomam-se problemas clássicos sobre implementações computacionais para modelos de funcionamento da linguagem humana, em abordagens reducionistas-fisicalistas. Como conclusão, defende-se que a corporificação, como fenômeno de investigação, que se problematize sua formulação em termos de níveis, tratando-a, em vez disso, como interfaces, de modo que: (a) os compromissos epistemológicos deveriam ser sincronicamente mantidos nas interfaces; (b) em função de (a), o nível das computações deveria ser tomado como um dos problemas a serem tratados no plano do conexionismo estruturado; (c) a estratégia de um paradigma em níveis de redução e os resultados obtidos a partir dela implicam uma espécie de modularização do programa de pesquisa; e (d) esses módulos seriam interdependentes apenas em vista dos níveis criados para atender a determinados objetivos. Como resultado, assume-se que é possível fazer-se Lingüística Cognitiva sem aderir ao conexionismo estruturado ou à simulação neurocomputacional, desde que se operaria com construções de interfaces entre domínios de investigação, e não com um paradigma em níveis, com traços reducionistas.
Keywords