Brazilian Journalism Research (Dec 2017)
Gender and Media: An Autopsy of Women’s Journalism in Burkina Faso
Abstract
This article, using a qualitative research, analyzes the gender stereotypes present in Burkina Faso media. It will show that gender is a social construct around which journalistic activities are organized and realized. It adapts on an informal level within the microcosm of media and strengthening the subtle inferiorization of female journalists. Both the vertical level of organized labour and the horizontal scale of repetitive duties hinder opportunities for female journalists and give them a bad name. They are restricted to subaltern functions referred to as being “cute” or “easy”. This gender segregation integrates a dynamic that occurs within the universe of journalism. It is also the result of a social dynamic outside of journalism characterized by prejudgments and a priori that portray female journalists as a symbol of emancipation, insubordination, and infidelity. Este artigo analisa, a partir de uma pesquisa qualitativa, os estereótipos de gênero presentes nas mídias burquinenses. Demonstra que o gênero é um construto social ao redor do qual se organiza e se realiza a atividade jornalística. No interior do microcosmo midiático, desdobram-se acomodações informais, atuando para reforçar uma sutil inferiorização da mulher jornalista. Tanto no nível da organização vertical do trabalho quanto na escala da repetição horizontal das tarefas, a jornalista não goza de uma boa visibilidade e de uma boa imagem. Ela permanece restrita a funções subalternas e a temáticas "doces" ou "leves". Esta segregação determinada pelo gênero integra uma dinâmica que ocorre no interior do universo jornalístico, é também o resultado de uma dinâmica social para-jornalística, caracterizada por pré-julgamentos e a priori apresentando a mulher jornalista como símbolo de emancipação, de indocilidade, para não dizer, também, infidelidade. Este artículo analiza, a partir de una investigación cualitativa, los estereotipos de género presentes en los medios burkineses. Demuestra que el género es un constructo social alrededor del que se organiza y realiza la actividad periodística. Al interior del microcosmos mediático, se despliegan acomodaciones informales, actuando para reforzar un sutil engranaje que pone a la mujer periodista en un lugar de sujeto inferior. Tanto a nivel de la organización vertical del trabajo como en la escala de la repetición horizontal de las tareas, la periodista no disfruta ni de una buena visibilidad ni de una buena imagen. Ella permanece restringida a funciones subalternas y a temáticas "dulces" o "livianas". Esta segregación determinada por el género, que integra una dinámica que ocurre al interior del universo periodístico, es también el resultado de una dinámica social que corre paralela a la actividad periodística, caracterizada por prejuicios y una serie de a priori que presentan a la mujer periodista como símbolo de emancipación, de indocilidad, por no decir, también, de infidelidad.
Keywords