Cadernos de Saúde Coletiva (Mar 2013)

Perfil epidemiológico de intoxicados por Aldicarb registrados no Instituto Médico Legal no Estado do Rio de Janeiro durante o período de 1998 a 2005

  • Carla da Costa Cruz,
  • Flávia Nascimento de Carvalho,
  • Vanessa Índio do Brasil da Costa,
  • Paula de Novaes Sarcinelli,
  • Jefferson Jose Oliveira da Silva,
  • Tathiana de Souza Martins,
  • Rosany Bochner,
  • Sérgio Rabello Alves

Journal volume & issue
Vol. 21, no. 1
pp. 63 – 70

Abstract

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O Aldicarb, conhecido vulgarmente como "chumbinho", é comercializado clandestinamente no Estado do Rio de Janeiro e está envolvido com envenenamentos, suicídios e homicídios, acarretando um grave problema de saúde pública. Este trabalho objetiva apresentar o perfil de mortalidade por Aldicarb no Estado do Rio de Janeiro, referente ao período de 1998 a 2005. Através de um banco de dados secundários do Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto (IMLAP/RJ),que contém resultados de laudos toxicológicos e características dos periciados, foi realizado um estudo descritivo. Foram detectados 746 casos positivos de intoxicação por Aldicarb. O sexo masculino (67,2%) prevaleceu sobre o feminino (32,8%). Quanto à idade, há um predomínio de intoxicação entre indivíduos adultos (56%). Em relação à cor da pele, prevaleceu a cor branca (52,1%). O período com os maiores números de casos foi o de 1998 a 1999 (43,5%). O município com maior concentração de casos foi o Rio de Janeiro, com 440 (59,8%). Dos 746 casos, 601 (80,6%) tinham informações das circunstâncias, sendo que a maior prevalência de hospitalização foi para circunstância indeterminada com remoção do cadáver em via pública (45,1%). Sua comercialização e uso irregular, principalmente na região metropolitana do Rio de Janeiro, demonstram que ações de fiscalização para coibir a sua utilização deveriam ser mais intensas.

Keywords