Muiraquitã (Jul 2023)

A "GALINHA-D'ANGOLA" NO CONTEXTO ETNODIALETAL DO TOCATINS "COCAR" OU "ANGOLISTA"?

  • Tassita Kamassagre Ferreira Alves,
  • Greize Alves da Silva

DOI
https://doi.org/10.29327/210932.11.1-19%20
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 1
pp. 1 – 13

Abstract

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O campo semântico da fauna tem sido objeto de análise por parte dos dialetólogos, sobretudo com a utilização dos corpora coletados pelos atlas linguísticos. É nesse escopo que a presente pesquisa se insere, cujo objetivo é a análise e discussão das designações fornecidas à galinha-d'angola no estado do Tocantins, no intuito de compreender como as formas de nomear essa ave seguem trajetos dialetais resultantes dos processos migratórios no Brasil. Para essa finalidade, foram utilizadas as designações auferidas para o questionamento de número 49 – ‘galinha-d’angola’ – coletadas pelo Atlas Linguístico Topodinâmico e Topoestático do Tocantins (ALiTTETO) (SILVA, 2018), em 12 cidades, totalizando 96 informantes, estratificados por sexo, idade e tipo de mobilidade. Como resultado, as formas para cognominar a ave seguem trajetos dialetais resultantes dos processos migratórios: a variante ‘cocar’ denota identificação com a região Centro-Oeste, enquanto ‘angolista’ com o Sul e, por fim, ‘galinha-d’angola’ é difundida por todo o Brasil.

Keywords