Revista Principia (Mar 2022)

Microbiota fúngica dos filtros do condicionador de ar e de superfícies em uma Unidade de Terapia Intensiva

  • Rodrigo José Nunes Calumby,
  • Jorge Andrés García Suárez,
  • Rossana Teotônio de Farias Moreira,
  • Lara Mendes de Almeida,
  • Luciano Aparecido Meireles Grillo,
  • Valter Alvino

DOI
https://doi.org/10.18265/1517-0306a2021id4276
Journal volume & issue
Vol. 59, no. 1
pp. 10 – 19

Abstract

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Nos últimos anos, as infecções fúngicas em ambiente hospitalar têm se tornado uma grande preocupação de saúde pública, especialmente em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Nestes setores, condicionadores de ar e superfícies adjacentes ao paciente podem representar potenciais fontes de infecções, afetando principalmente pacientes imunocomprometidos. Este estudo teve por objetivo identificar a microbiota fúngica dos filtros do condicionador de ar central e de superfícies em uma UTI de um hospital público de Maceió – Al. A coleta das amostras foi realizada com auxílio de swabs estéreis umedecidos em solução fisiológica, os quais foram semeados em Ágar Sabouraud Dextrose (ASD). A identificação dos fungos foi realizada por meio de associação dos aspectos macroscópicos com as características microscópicas. Fungos potencialmente patogênicos e toxigênicos foram identificados na UTI. Em amostras dos filtros do condicionador de ar, foram identificadas 204 Unidades Formadoras de Colônias (UFCs), com predomínio de fungos filamentosos, sendo Cladosporium cladosporioides a espécie mais frequente (36,3%). Nas amostras das superfícies, observou-se o isolamento de 74 UFCs, entre as quais 20 UFCs (27,0%) pertenciam ao gênero Candida spp. Medidas de controle microbiológico tornam-se necessárias na UTI para impedir ou limitar a exposição de pacientes imunocomprometidos a fungos patogênicos.

Keywords