Brazilian Journal of Psychiatry (Sep 2010)

Depressive symptoms in rheumatoid arthritis Sintomas depressivos em pacientes com artrite reumatoide

  • Lucas Francisco Botequio Mella,
  • Manoel Barros Bértolo,
  • Paulo Dalgalarrondo

Journal volume & issue
Vol. 32, no. 3
pp. 257 – 263

Abstract

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OBJECTIVE: To determine the prevalence of depressive and anxiety symptoms in patients with rheumatoid arthritis (a chronic inflammatory disease) in comparison to a control group with osteoarthritis (a chronic non-inflammatory degenerative disease) and to identify the sociodemographic and clinical variables associated with depressive symptoms in these patients. METHOD: Sixty-two rheumatoid arthritis patients and 60 osteoarthritis patients participated in the study. Sociodemographic and clinical data were collected and the Hospital Anxiety and Depression Scale and the Disability Index of the Health Assessment Questionnaire were applied. RESULTS: The prevalence of depressive symptoms was of 53.2% in rheumatoid arthritis and 28.3% in osteoarthritis (p = 0.005). The prevalence of anxiety symptoms was of 48.4% in rheumatoid arthritis and 50.0% in osteoarthritis (p = 0.859). The mean (and standard deviation) scores in the Disability Index of the Health Assessment Questionnaire were 1.4 (0.8) in rheumatoid arthritis and 1.4 (0.6) in osteoarthritis (p = 0.864). Rheumatoid arthritis patients with depressive symptoms had lower education and higher disease activity and functional disability. CONCLUSION: Although these two rheumatic diseases are similar in terms of the pain and functional disability that they cause, a significantly higher prevalence of depressive symptoms was found in rheumatoid arthritis patients. This difference might be explained by the hypothesis of a neuroimmunobiological mechanism related to cytokines in inflammatory diseases, which has been considered as a candidate to the development of depressive symptoms.OBJETIVO: Determinar a prevalência de sintomas depressivos e ansiosos na artrite reumatóide (doença inflamatória crônica) em comparação com um grupo controle com osteoartrite (doença crônico-degenerativa não inflamatória). Identificar variáveis sociodemográficas e clínicas associadas a sintomas depressivos nesses pacientes. MÉTODO: Participaram do estudo 62 pacientes com artrite reumatóide e 60 pacientes com osteoartrite. Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos e foram aplicadas as escalas Hospital Anxiety and Depression Scale e Disability Index of the Health Assessment Questionnaire. RESULTADOS: A prevalência dos sintomas depressivos foi 53,2% na artrite reumatóide e 28,3% na osteoartrite (p = 0,005). A prevalência dos sintomas ansiosos foi 48,4% na artrite reumatóide e 50,0% na osteoartrite (p = 0,859). Os valores médios (desvio padrão) de Disability Index of the Health Assessment Questionnaire foram 1,4 (0,8) na artrite reumatóide e 1,4 (0,6) na osteoartrite (p = 0,864). Pacientes com artrite reumatóide e sintomas depressivos apresentaram menor nível educacional e maiores níveis de atividade da doença e incapacidade funcional. CONCLUSÃO: Embora ambas as doenças reumatológicas sejam similares em termos de dor e incapacidade funcional, uma prevalência significativamente maior de sintomas depressivos na artrite reumatóide foi encontrada. Essa diferença poderia ser explicada por meio da hipótese de um mecanismo neuroimunobiológico relacionado às citocinas nas doenças inflamatórias, o qual vem sendo considerado candidato para o desenvolvimento de sintomas depressivos.

Keywords