Jornal Vascular Brasileiro ()

Estudo piloto comparando artéria mesentérica bovina e enxertos de politetrafluoroetileno expandido como acessos de hemodiálise não autógenos

  • Bruno Morisson,
  • Antonio Luiz de Araújo,
  • Leonardo de Oliveira Harduin,
  • Eglina Filgueiras Porcari,
  • Rossano Kepler Alvim Fiorelli,
  • Stenio Karlos Alvim Fiorelli,
  • Jose Marcos Braz Serafim,
  • Julio Cesar Peclat de Oliveira

DOI
https://doi.org/10.1590/1677-5449.007117
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 4
pp. 303 – 309

Abstract

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Resumo Contexto Muitos pacientes dialíticos apresentam condições desfavoráveis para confecção de fístula arteriovenosa (FAV) nativa. A prótese vascular de politetrafluoroetileno expandido (ePTFE) é a alternativa mais utilizada, porém, sabidamente inferior àquela com veias nativas. Objetivos Pesquisar um enxerto de performance superior à do ePTFE, confrontrando seus resultados com os de FAVs confeccionadas com artéria mesentérica bovina tratada com tecnologia L-Hydro (Labcor Laboratórios®). Métodos Estudo prospectivo e controlado, composto pelo grupo controle de 10 pacientes submetidos à confecção de FAV com ePTFE (FAV ePTFE) e grupo experimental de 10 pacientes com bioprótese L-Hydro (FAV L-Hydro). Os componentes foram pareados em relação às comorbidades apresentadas. As variáveis estudadas foram: perviedades primária, primária assistida e secundária, manuseabilidade e prevalência de infecções. A performance das próteses foi avaliada por duplex scan e por consultas seriadas realizadas por profissionais de clínicas de hemodiálise. O tratamento estatístico foi o teste do qui-quadrado. Resultados Após 1 ano de seguimento pós-operatório, as taxas de perviedade secundária e primária assistida foram maiores no grupo FAV L-Hydro do que no FAV ePTFE. As intervenções para manter a perviedade da FAV foram menores no grupo FAV L-Hydro. A complicação mais comum foi trombose do enxerto, mais frequente no grupo FAV ePTFE. Apesar de os números indicarem desfechos mais favoráveis nas FAV L-Hydro, não foi possível confirmar esse achado com o tratamento estatístico aplicado. Conclusões O enxerto L-Hydro parece ser uma alternativa valiosa para FAV, pois parece necessitar de menos intervenções para manutenção da perviedade, quando comparado ao enxerto de ePTFE.

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