Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2021)
EFICIÊNCIA DE AFÉRESES PARA TRANSPLANTE DE CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOIÉTICAS DE SANGUE PERIFÉRICO, EM UM CENTRO TRANSPLANTADOR DO DISTRITO FEDERAL
Abstract
Objetivos: Estudo estatístico que demonstra a eficiência das leucoaféreses realizadas no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, durante todo o ano de 2020, e primeiro semestre de 2021. Avaliar diretamente o processo de coleta de células progenitoras hematopoiéticas (CPH), e indiretamente o processo de mobilização de CPH, visando redução de custos do transplante de medula óssea na instituição, além da melhora na qualidade do atendimento aos pacientes. Métodos: A avaliação da eficiência da coleta é uma estimativa que se dá através da quantificação de células CD34+ por mililitro de sangue do paciente/doador antes do início da coleta, em relação à quantificação de células CD34+ por mililitro coletada no produto de aférese, considerando o volume de sangue que foi processado, ou quantas volemias do paciente passaram pelo equipamento. Em resumo é quantificada a celularidade que o paciente/doador tinha em sua volemia total, quantas volemias foram processadas, e qual a porcentagem dessas células que foram coletadas, através da avaliação da celularidade do produto de aférese. Resultados: A eficiência média de coleta em todo o ano de 2020 foi de 38,35%, isso significa que mais de 1/3 das células CD34+ disponíveis antes do início do procedimento de aférese foram coletadas com sucesso. No primeiro semestre de 2021, a eficiência média foi de 38,1%, o que indica uma estabilidade, apesar das diversas variáveis que podem afetar cada procedimento individualmente. Discussão: A eficiência de coleta pode ser afetada por diversos fatores como: anticoagulação, qualidade do acesso, mobilização, entre outros. Porém, percebe-se que mesmo com uma grande variação entre cada procedimento, com aféreses apresentando eficiência de 15% enquanto outras apresentam 75%, na média geral, com uma amostragem maior chegamos ao valor próximo a 40%. Apesar da grande variação, é importante chegarmos a um número estável para avaliar a qualidade do serviço e os futuros procedimentos, podendo fazer estimativas de quanto volume é necessário processar dos próximos pacientes, para que com 40% de eficiência, seja possível coletar CPH suficientes para a realização do transplante com sucesso Conclusão: A média de 40% é satisfatória, considerando todas as variáveis descritas anteriormente que o procedimento pode sofrer. Ademais este estudo estatístico se mostra de bastante valor, para evitar desperdício de anticoagulantes, e diminuir o incômodo ao paciente/doador reduzindo o tempo de procedimento.