Diversitas Journal (Oct 2021)
Enteroparasitos em Alface (Lactuca Sativa L.) comercializada em uma feira livre de um Município Alagoano
Abstract
Infecções por enteroparasitos estão entre os mais freqüentes agravos infecciosos do mundo, estimando-se que o número de infectados seja de aproximadamente 3,5 bilhões de pessoas. (CDC 2011, OMS 2011). Este estudo visou analisar a presença de parasitos em alfaces-crespas (Lactuca sativa L.) comercializadas na feira-livre do município de Craíbas e realizar um comparativo entre as formas de higienização e os métodos utilizados na análise de estruturas parasitárias. Trata-se de um estudo observacional, quantitativo e transversal. Como o município possui uma feira de pequeno porte foram selecionadas 5 bancas das 10 que comercializam a alface, de forma sistemática, adotando o critério de banca sim e banca não na escolha dos pontos de coleta; as amostras foram processadas através de lavagem com água, água+detergente+pincel, e através da técnica de Sedimentação Espontânea (método de Lutz) e no método de Faust e Cols., foram analisadas, as leituras das lâminas foram realizadas em microscópio óptico comum, sob objetiva de 10X e confirmação das estruturas parasitárias em objetiva de 40X. Observou-se que os resultados apresentados pelo método HPJ modificado para hortaliças e a limpeza das folhas somente com água corrente quanto com pincel e água com detergente foram superiores aos obtidos no método de Faust e Cols e em ambas as formas de limpeza, demonstrando menor eficácia na pesquisa de estruturas parasitarias, corroborando com o estudo de Quadros et. al (2008) que apresentou na técnica de Lutz (46,7%) resultados positivos quando comparada às técnicas de Sheather (31,1%) e Faust (10,6%). Então, com base nos dados obtidos no presente estudo, as amostras de alface (Lactuca sativa L.), comercializadas na feira livre do município de Craíbas-AL apresentam formas parasitarias humanas e/ou animais, sendo assim, um importante veículo de disseminação de parasitas intestinais.