Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental (Feb 2022)

Ato analítico e a potência clínica do indeterminado

  • Fernanda Souza Adami,
  • Carlos Henrique Kessler,
  • Christian Ingo Lenz Dunker

DOI
https://doi.org/10.1590/1415-4714.2021v24n4p543.4
Journal volume & issue
Vol. 24, no. 4
pp. 543 – 569

Abstract

Read online

Este trabalho visa discutir, no campo da teoria psicanalítica, uma articulação entre as noções de ato analítico e indeterminação. Parte da proposição lacaniana do ato analítico, para dar destaque à formulação chamada Grupo de Klein, apresentada como sequência transformativa, capaz de ilustrar os processos intrínsecos à experiência psicanalítica. Perpassa algumas considerações que Lacan extrai do cogito cartesiano, ao deslocar a categoria de sujeito da racionalidade positiva para a de um sujeito descentrado e evanes-cente. Finalmente, sublinha a característica indeterminada do ato como potência clínica para o reposicionamento do sujeito desejante. Dentro da perspectiva da direção do tratamento, situa a radical exterioridade do objeto causa do desejo do sujeito, resultando assim, o analista como resíduo das operações transformativas.

Keywords