Revista Brasileira de Cancerologia (Dec 2003)

Carcinomatose meníngea nos tumores sólidos

  • Volney Soares Lima,
  • Amândio Soares Fernandes Jr.,
  • Roberto Porto Fonseca,
  • Stella Sala Soares Lima

DOI
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2003v49n4.2078
Journal volume & issue
Vol. 49, no. 4

Abstract

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O acometimento metastático das leptomeninges e do líquor por células neoplásicas pode ser definido como carcinomatose meníngea ou meningite carcinomatosa. Nos últimos 20 anos tem sido observado um aumento significativo da sua incidência, atribuído principalmente ao melhor controle da doença sistêmica com terapias mais efetivas. A neoplasia mais freqüentemente associada à carcinomatose meníngea é o câncer de mama, seguido pelo câncer de pulmão e melanoma. A disseminação de células malignas pelo espaço sub-aracnóideo produz uma série de sinais e sintomas neurológicos pleomórficos, caracterizados principalmente pelo acometimento de todos os níveis do neuroeixo. A suspeição clínica e o diagnóstico precoce são fundamentais para uma melhor preservação das funções neurológicas e da qualidade de vida. A presença de metástases leptomeníngeas de tumores sólidos é complicação associada a prognóstico reservado, com sobrevida mediana de 2 a 4 meses. O tratamento é essencialmente paliativo, incluindo radioterapia, quimioterapia intratecal e quimioterapia sistêmica. É crucial uma seleção adequada dos pacientes com maiores chances de se beneficiarem de um tratamento mais agressivo. Este artigo consiste numa revisão da literatura sobre este tema, feita através de pesquisa em banco de dados do MEDLINE de 1970 a 2002.

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