Revista de Saúde (Aug 2017)
Resgate histórico do desenvolvimento da Medicina Comunitária
Abstract
O presente artigo visa realizar uma revisão bibliográfica acerca da história e desenvolvimento da Medicina Social, tendo por intuito compreender as razões que levaram ao aumento de sua aceitação ao longo dos anos, além de procurar elucidar sua importância no atual contexto sócio econômico cultural. Para a realização deste foi realizada uma pesquisa de artigos em sítios da internet, tendo como base de busca os termos: História da medicina social, medicina comunitária do passado, desenvolvimento da medicina social. Com base nos artigos selecionados, foi permitido concluir que a medicina comunitária (ou social) data do período entre as revoluções Francesa e Industrial, e surgiu como uma resposta do Estado às crescentes epidemias que assolavam as classes trabalhadoras, urbanas e rurais, dos países europeus, prejudicando a produção industrial, e por conseqüência, a economia dos mesmos. Tal maneira de prática da medicina expandiu-se pelo mundo, estando presente em quase todos os países da Europa e nos EUA já no início do século XX. Já no Brasil, o primeiro programa de residência em Medicina da Família surgiu em 1976, em Porto Alegre - RS, contudo, sua oficialização pela CNRM (Comissão Nacional de Residência Médica) ocorreu apenas em 1981. Atualmente, a Medicina da Família é valorizada por governos do mundo todo, tendo em vista que sua prática é resolutiva em mais de 80% das questões abrangentes à assistência a saúde. Para atingir tamanha efetividade, os profissionais desta área lançam mão de uma prática elaborada da Semiologia Médica, além de buscarem compreender os pacientes nos aspectos biopsicossocial e espiritual. Desta forma, a Medicina da Família ajuda a melhorar a qualidade de vida das populações, principalmente das mais desprovidas no aspecto socioeconômico, além de ajudar a desafogar as redes de alta complexidade dos serviços de medicina pública.