Diversitas Journal (May 2021)

Prospecção fitoquímica e determinação do potencial antioxidante in vitro da Licania tomentosa (Benth.)

  • Jonathan Augusto da Silva,
  • Julielle dos Santos Martins,
  • Maria Lúcia Vieira de Britto Paulino,
  • Anderson Soares de Almeida,
  • Jessé Marques da Silva Junior Pavão,
  • Aldenir Feitosa dos Santos

DOI
https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v6i2-908
Journal volume & issue
Vol. 6, no. 2

Abstract

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RESUMO: De nome científico Licania tomentosa (Benth.), a oiti pertence à família Chrysobalanaceae, que abrange 17 gêneros e aproximadamente 450 espécies arbustivas e arbóreas, espalhadas por regiões tropicais e subtropicais. O seu gênero, Licania, é predominantemente neotropical, composto por árvores de pequeno e grande porte, que estão amplamente distribuídas no globo, passando pelo México, Flórida, Antilhas, até o sul do Brasil (FEITOSA, XAVIER & RANDAU, 2012). Na medicina popular a Oiti é utilizada no tratamento de diabetes (AGRA, FREITAS & BARBOSA-FILHO, 2007), no entanto, ainda sem comprovação científica. Estudos desenvolvidos por Miranda e colaboradores (2002), a respeito da ação farmacológica, indica que a semente apresenta ação antiviral frente ao vírus herpes. Além disso, compostos isolados da folha e frutos indicam ação anticarcinogênica (FERNANDES et al., 2003) e também leishmanicida (RIBEIRO et al., 2014). Neste contexto, o presente trabalho objetiva determinar o potencial de neutralização de radicais livres (AAO%) do extrato etanólico da folha da L. tomentosa, a partir do método de sequestro do radical DPPH, que consiste em avaliar quantitativamente a redução do DPPH a partir da alteração de cor – que passa de púrpura para amarelada – em função da concentração de antioxidantes nas amostras. Para tanto, foi realizada inicialmente uma prospecção fitoquímica qualitativa, que demostrou a presença de classes de compostos de grande importância farmacológica tais como taninos flobatênicos, flavonoides catequinas, esteróides e saponinas. O resultado o obtido mostra o extrato folha da L. tomentosa é eficiente no sequestro do radical DPPH, apresentando uma AAO% de 50% (CE50%) na concentração de 63,03 µg/mL. O que indica um potencial apenas cerca de duas vezes inferior ao potencial antioxidante do extrato padrão da G. biloba, que é bastante conhecida por tal característica. Nesse sentido, faz-se necessário mais estudos para elucidar a relação entre a atividade redutora e a concentração dos constituintes fenólicos de seu extrato, bem avaliação do seu potencial antioxidante por meio de outras metodologias. Agradecemos aos CESMAC pela disponibilidade de seus laboratórios para elaboração dos experimentos. PALAVRAS-CHAVE: L. tomentosa, prospecção fitoquímica, DPPH, atividade antioxidante.