Angiologia e Cirurgia Vascular (Sep 2011)

Rotura de aneurismas da aorta torácica: evidência para a endo-solução Rupture of thoracic aortic aneurism: evidence for endovascular approach

  • Frederico Bastos Gonçalves,
  • Leonor Vasconcelos,
  • Ana Catarina Garcia,
  • Gonçalo Ramalho Alves,
  • Hugo Rodrigues,
  • Hugo Dias Valentim,
  • Maria Emília Ferreira,
  • João Albuquerque Castro,
  • Hence J. M. Verhagen,
  • Luís Mota Capitão

Journal volume & issue
Vol. 7, no. 3
pp. 138 – 144

Abstract

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A rotura de aneurismas da aorta torácica descendente é uma situação rara mas frequentemente fatal, apesar do tratamento adequado. Esta revisão pretende resumir a evidência actual para o tratamento endovascular desta patologia. Na última década, a introdução de técnicas endovasculares para tratar aneurismas torácicos em rotura levou a significativas mudanças no paradigma terapêutico, associadas a uma importante redução na mortalidade peri-operatória. Estudos comparativos revelam uma redução para metade na mortalidade aos 30 dias, assim como uma redução nas complicações precoces, nomeadamente pulmonares e renais. Apesar do benefício precoce, o tratamento endovascular associa-se a uma maior taxa de complicações relacionadas com o procedimento, nomeadamente endoleaks. O seguimento imagiológico rigoroso permite a detecção precoce destas complicações permitindo a sua resolução electiva. Assim, conclui-se que o tratamento preferencial da rotura da aorta torácica descendente é a implantação de uma endoprótese aórtica, desde que anatomicamente exequível.Ruptured descending thoracic aneurysms are rare but frequently fatal conditions, despite adequate treatment. This revision aims to summarize the current evidence for endovascular repair of this pathology. In the last decade, introduction of endovascular techniques to treat ruptured thoracic aneurysms resulted in significant changes in the treatment paradigm, associated with important reductions in peri-operative mortality. Comparative studies have shown a two-fold reduction in 30-day mortality, and also a reduction in early morbidity, especially pulmonary and renal complications. Despite the early benefit, endovascular repair is associated with a higher device-related complication rate, particularly endoleaks. Rigorous follow-up allows for early detection and elective treatment of these complications. In conclusion, the preferential treatment for ruptured descending thoracic aneurysms is the implantation of an endograft, provided anatomical suitability.

Keywords