Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Oct 2022)

Gasto com medicamentos biológicos para artrite reumatóide no Sistema Único de Saúde entre 2012 e 2016

  • Maria Luísa Ferreira,
  • Thales Brendon Silva,
  • Gustavo Laine de Oliveira

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2020.v5.n.p.4-12
Journal volume & issue
Vol. 5, no. 3

Abstract

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Objetivo: Analisar a evolução do impacto orçamentário dos medicamentos biológicos incorporados para artrite reumatóide (AR) ao Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2012 a 2016. Métodos: estudo retrospectivo, analítico, de dados secundários em série histórica, sobre a evolução do impacto orçamentário dos medicamentos biológicos incorporados ao SUS para tratamento da AR. O cálculo do Market Share foi obtido da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) e Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órtese, Prótese e Materiais Especiais do SUS (SIGTAP). Os recursos do orçamento federal foram extraídos do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento Federal (SIOP) e, os valores das aquisições do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) entre 2012 a 2016. Resultados: Os medicamentos biológicos para AR com maior impacto no gasto total dos biológicos para AR do CEAF foram identificados, sendo que o maior gasto foi com o adalimumabe (R$3,8 bilhões) e o menor com o certolizumabe pegol (R$ 50,00 milhões). O adalimumabe também apresentou a maior taxa de crescimento de usuários (1.030 pacientes/ano), com crescimento de 25%, e menor gasto, em torno de R$19,00 milhões/ano e taxa de crescimento negativa de 14%. Para o infliximabe foi observada queda no consumo (-69 pacientes/ano), e impacto crescente de 4% nos recursos do CEAF. O rituximabe teve a menor demanda (745 paciente/ ano), com expansão de 693% e crescimento no dispêndio em 414%. Conclusões: Observou-se a evolução do gasto, com a aquisição de medicamentos biológicos para AR, com significativo impacto econômico para o SUS com a ampliação da oferta de tratamento.

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