Brazilian Journal of Otorhinolaryngology (Feb 2011)
Ligadura endoscópica da artéria etmoidal anterior: estudo de dissecção em cadáveres Endoscopic ligation of the anterior ethmoidal artery: a cadaver dissection study
Abstract
Ligadura da artéria etmoidal anterior (AEA) pode ser necessária em casos de epistaxe grave refratária ao tratamento tradicional. O uso da ligadura endoscópica endonasal da AEA ainda é bastante limitado. Existem poucos estudos na literatura sobre a técnica de abordagem endoscópica desta artéria. OBJETIVOS: Demonstrar a aplicabilidade técnica da ligadura periorbitária da AEA por via endoscópica transetmoidal. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo prospectivo. 50 fossas nasais de cadáveres foram dissecadas. Após a realização de uma etmoidectomia anterior e remoção parcial da lâmina papirácea, a periórbita foi cuidadosamente dissecada até a identificação da AEA. Após sua identificação, a artéria foi exposta e ligada dentro da órbita. RESULTADOS: Todas as dificuldades inerentes ao procedimento, as complicações associadas, a curva de aprendizado e variações anatômicas foram coletados. CONCLUSÕES: A abordagem endoscópica da AEA na órbita de cadáveres mostrou-se factível. A identificação da artéria é fácil e a técnica evita incisões externas. Este acesso parece ser uma excelente alternativa para a abordagem da AEA. Estudos clínicos futuros são necessários para comprovar os benefícios desta técnica.Anterior ethmoidal artery (AEA) ligation may be necessary in cases of severe epistaxis not controllable with traditional therapy. Endoscopic endonasal ligation of the AEA is not used frequently; there are few studies in the literature for standardization of the endoscopic technique for this vessel. AIM: To demonstrate the feasibility of periorbital AEA ligation in a transethmoidal endoscopic approach. METHODS: A prospective study where 50 nasal cavities were dissected. After anterior ethmoidectomy and partial removal of lamina papyracea, the periorbital area was carefully dissected along a subperiosteal plane to identify the AEA. The vessel was exposed within the orbit and dissected. RESULTS: Data on technical difficulties, complications, the learning curve and anatomical variations were gathered. CONCLUSION: An endonasal endoscopic approach to the AEA within the orbit was shown to be feasible. Identifying the artery is not difficult, and this technique avoids external incisions. This approach appears to be an excellent alternative for approaching the AEA. Further clinical studies are needed to demonstarte the benefits of this technique.
Keywords