Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Sep 2004)
Surgical management of axis' traumatic spondylolisthesis (Hangman's frature) Tratamento cirúrgico para a espondilolistese traumática do áxis (fratura do enforcado)
Abstract
OBJECTIVE: To evaluate the results of surgical treatment using pedicle screws going through C2 pedicles for fixating the spondylolisthesis of the axis in patients who presented pseudoarthrosis after clinical treatment, or who have no condition for fixation with "halo vest", due to serious head trauma. METHOD: Ten patients have been operated from June 1998 to April 2002, nine suffering from traumatic spondylolisthesis of the axis caused by car accident and one horse fall. Four of those patients have undergone clinical treatment and presented signs of pseudoarthrosis, suffering intense pain at the movement of the cervical spine. Two of them presented moderate head trauma with multiple fractures of the skull. Another one was submitted to a surgical treatment for an acute extradural hematoma. Three patients presented a serious dislocation of C2 over C3. The patients were submitted to arthrodesis of the fractures with two screws, placed on the C2 pedicles, which allowed a better approximation of the fractures with the alignment of C2-C3. Two other patients required additional fixation with a plate on the lateral masses of C3. RESULTS: Nine patients had a good post surgery evolution with satisfactory consolidation of the fractures and disappearance of the symptoms. One patient had a good evolution but still has cervical pain resulting from strain. CONCLUSION: The fixation of the traumatic spondylolisthesis of the axis using screws in C2 pedicles and through fractures traces is a good option for treating patients who present pseudoarthrosis after clinical treatment or who present contraindication to the "halo vest", such as skull fracture or great lacerations in the scalp.OBJETIVO: Avaliar os resultados do tratamento cirúrgico usando parafuso com rosca parcial, atravessando os pedículos de C2, para a fixação da epondilolistese traumática do áxis, em pacientes que apresentam pseudoartrose após o tratamento clínico, ou que não tiveram condições de fixação com "halo vest" devido a traumatismo crânio-encefálico importante. MÉTODO: De junho de 1998 a abril de 2002, foram operados dez pacientes com espondilolistese traumática do áxis. Nove foram vítimas de acidentes automobilísticos e um sofreu queda de cavalo. Quatro pacientes tinham sido submetidos a tratamento clínico, e apresentavam sinais de pseudoartrose, com dor intensa à movimentação da coluna cervical. Dois apresentavam traumatismo crânio-encefálico moderado com múltiplas fraturas de crânio. Um foi submetido a tratamento cirúrgico de hematoma extradural agudo. Três apresentavam deslocamento importante de C2 sobre C3. Os pacientes foram submetidos a artrodese das fraturas com dois parafusos de rosca parcial colocados nos pedículos de C2, atravessando-se as fraturas, o que permitiu melhor aproximação das fraturas com alinhamento de C2-C3. Em dois pacientes foi necessária a fixação adicional com placa lateral fixa nas massas laterais de C3. RESULTADOS: Nove pacientes tiveram boa evolução pós-operatória com consolidação satisfatória das fraturas, e desaparecimento dos sintomas. Um paciente teve boa evolução com consolidação das fraturas, mas permanece com dores cervicais aos esforços. CONCLUSÃO: A fixação da espondilolistese traumática do áxis com o uso de parafusos de rosca parcial, nos pedículos de C2 e através dos traços de fratura é uma boa opção para o tratamento de pacientes que apresentarem pseudoartrose após tratamento clínico, ou apresentam contraindicações para o uso do "halo vest", como fraturas da calota craniana, ou grandes lacerações de couro cabeludo.
Keywords