Revista Brasileira de Zootecnia (Nov 2009)

Degradação ruminal e digestibilidade intestinal da proteína bruta de alimentos para bovinos Rumen degradation and intestinal digestibility of crude protein in feeds for cattle

  • Marcos Inácio Marcondes,
  • Sebastião de Campos Valadares Filho,
  • Edenio Detmann,
  • Rilene Ferreira Diniz Valadares,
  • Luiz Fernando Costa e Silva,
  • Mozart Alves Fonseca

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-35982009001100026
Journal volume & issue
Vol. 38, no. 11
pp. 2247 – 2257

Abstract

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Este trabalho foi conduzido com os objetivos de determinar as frações A e B e a taxa de degradação ruminal (Kd) da matéria seca (MS) e da proteína bruta (PB) de 27 alimentos e avaliar a digestibilidade intestinal da proteína nãodegradada no rúmen pelas técnicas do saco de náilon móvel e de três estágios. Os alimentos avaliados foram farelos de arroz, babaçu, gérmen de milho e trigo; milho desintegrado com palha e sabugo, milho desintegrado com sabugo, milho, polpa cítrica, sorgo, amireia, farelos de algodão com 28, 38 e 46% de PB, farelos de amendoim, girassol e soja; feijão-bandinha, glúten de milho, grão de soja, levedura, promil, refinazil, cascas de cacau, café e soja e silagens de capim-elefante e milho. Para obtenção da degradabilidade ruminal da MS e PB dos alimentos, utilizaram-se sacos de náilon de 10 × 20 cm e os tempos de incubação de 0, 2, 4, 6, 12, 16, 24, 48 e 72 horas. A digestibilidade intestinal foi determinada pelas técnicas do saco de náilon móvel e de três estágios. Os dados de degradação ruminal da matéria seca e da proteína bruta, em sua maioria, estão de acordo com a literatura. A técnica dos três estágios não estimou de forma satisfatória a digestibilidade interstinal de todos os alimentos estudados em conjunto, mas foi adequada para os alimentos proteicos. A maioria dos alimentos possui aproximadamente 90% de digestibilidade da PB, com exceção das cascas de soja, café e cacau e das silagens de milho e capimelefante. A técnica de três estágios estimou corretamente a digestibilidade intestinal dos alimentos proteicos, mas recomenda-se a utilização da equação DIPB (%) = -5,1906 + 1,1053 × X para corrigir a digestibilidade obtida pela técnica dos três estágios para alimentos não-proteicos.The objective of the present study was to determine the A and B fractions and the rumen degradation rate (Kd) of dry matter (DM) and crude protein (CP) in 27 feeds and determine the intestinal digestibility of non-degraded rumen protein by the three steps and mobile nylon bag techniques. Rice meal, babassu meal, wheat and corn germ, ground corn cobs and straw, ground corn cobs, corn, citrus pulp, sorghum, starea and cottonseed meal with 28, 38 and 46% CP, peanut meal, sunflower meal, soybean meal, bean byproduct, corn gluten, soybean grain, dry yeast, corn gluten meal, cacao hulls, coffee hulls, soybean hulls, elephant-grass silage and corn silage were sampled. To obtain the ruminal degradation of DM and CP, 10 × 20 cm nylon bags with incubation times of 0, 2, 4, 6, 12, 16, 24, 48 and 72 hours were used. The intestinal digestibility was determined by the three steps and the mobile nylon bag techniques. The ruminal degradation data of the dry matter and crude protein were similar to the literature. The three step technique did not estimate properly the intestinal digestibility of all the feeds evaluated, excepted for the protein feeds. Most feeds had total CP digestibility close to 90%, excepted for soybean, coffee and cacao hulls and elephant-grass and corn silage. The three step technique correctly estimated the intestinal digestibility of the protein feeds, but the equation IDCP (%) = -5,1906 + 1,1053 × X is recommended to correct the digestibility obtained by the three steps technique for non-protein feeds.

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