Revista da CGU (Jun 2020)

As Controladorias Municipais em Perspectiva Analítica: diagnóstico da atuação das unidades de controle interno dos municípios de Alagoas

  • Alzira Ester Angeli,
  • José William Gomes da Silva,
  • Romualdo Anselmo dos Santos

DOI
https://doi.org/10.36428/revistadacgu.v12i21.171
Journal volume & issue
Vol. 12, no. 21

Abstract

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Este artigo apresenta os resultados da pesquisa realizada sobre a atuação das controladorias dos municípios de Alagoas. O estudo teve por objetivo descobrir com que medida se pode analisar a atuação das controladorias municipais, quais fatores estão associados ao seu melhor ou pior desempenho, e o quanto esses fatores impactam a gestão dos entes. Para tanto, construiu-se um modelo analítico e um índice de medida da atuação das unidades de controle interno municipal, os quais foram aplicados na investigação de 61 das 102 controladorias alagoanas. A fonte dos dados foi a pesquisa em survey realizada por Silva (2017), mediante questionário de diagnóstico. Os resultados revelaram que 21% das unidades de controle interno dos municípios de Alagoas tiveram atuação considerada boa, 30% tiveram atuação regular, e quase a metade delas (49%) atuação ruim ou nula. Os testes estatísticos indicaram que atributos relacionados aos recursos materiais e humanos de que as controladorias municipais dispõem afetam mais a sua atuação do que atributos legais e organizacionais. Controladorias municipais que dispõem de servidores concursados e capacitados, que operam sistemas de informação adequados às atividades que realizam, e que trabalham sob a égide de programas de governo específicos para as ações de controle interno tendem a ter melhor desempenho no índice do que aquelas que não possuem tais atributos. Por outro lado, os fatores socioeconômicos testados (IDH, população e receita pública) não demonstraram afetar significativamente a atuação das controladorias municipais, o que sugere que seu desempenho depende de fatores endógenos a elas.