Medicina (Mar 2014)

Hanseníase: pauci e multibacilares estão sendo diferentes?

  • Maria Júlia Izzo Crespo,
  • Aguinaldo Gonçalves,
  • Carlos Roberto Padovani

DOI
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v47i1p43-50
Journal volume & issue
Vol. 47, no. 1

Abstract

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Modelo do estudo: Estudo observacional descritivo transversal. Introdução: A estratégia atual de controle da hanseníase preconizada pela Organização Mundial da Saúde é baseada no respectivo tratamento segundo classificação operacional, se multibacilar ou paucibacilar. Objetivo: Comparar perfis de hansenianos de ambas as formas atendidos em Unidade Hospitalar. Metodologia: Coleta de dados em Fichas de Investigação de Hanseníase do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no Hospital e Maternidade Celso Pierro, PUC Campinas, anos 2007 a 2011. Registro em planilha codificada, armazenamento em banco de dados específico, e processamento estatístico por meio do SPSS. Associações de variáveis investigadas pela prova de Goodman para contraste entre e intra populações multinomiais e pelo teste não-paramétrico de Mann-Whitney, ao nível de 5% de significância. Resultados: Averiguaram-se 57 casos novos, obtendo-se 14 paucibacilares e 43 multibacilares com indicadores compatíveis com o esperado. No entanto, constataram-se, entre as inconsistências apuradas: i) cinco registros de recidiva, os quais não se confirmaram nosograficamente; ii) caso multibacilar tratado como paucibacilar; iii) quanto a modo de detecção, frequências assemelhadas de encaminhamento e demanda espontânea entre os multibacilares; iv) predomínio de grau zero de incapacidade entre paucibacilares, majoritariamente tuberculóides. Conclusões: Estes resultados indicam a necessidade de vigilância epidemiológica permanente visando à interlocução entre a rede básica e os centros de referência quanto aos procedimentos de controle, com vistas à adequação da gestão técnica dos respectivos Serviços de Saúde.

Keywords