Revista Águas Subterrâneas (Jan 2019)

ESTUDO DE ISÓTOPOS ESTÁVEIS PARA CONFIRMAR INTERCONEXÕES ENTRE LAGOAS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, SETE LAGOAS/MG

  • PAULO HENRIQUE GALVÃO,
  • RICARDO HIRATA,
  • TODD HALIHAN,
  • RAFAEL TERADA

DOI
https://doi.org/10.14295/ras.v0i0.29412
Journal volume & issue
Vol. 0, no. 0

Abstract

Read online

O suprimento de água da cidade de Sete Lagoas/MG é quase totalmente subterrânea do Aquífero Cárstico Sete Lagoas (ACSL), com uma pequena contribuição de um aquífero fraturado. Na parte central urbana da cidade é comum a ocorrência de lagoas e feições cársticas (e.g. cavernas, dolinas e sumidouros), levantando dúvidas se essas feições podem ser conexões hidráulicas de águas superficiais com o ACSL e, portanto, zonas sensíveis a possíveis contaminações antrópicas. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é identificar possíveis interações entre águas superficiais e subterrâneas a partir do uso dos isótopos estáveis 18O e 2H. As amostras de águas subterrâneas foram coletadas no aquífero cárstico localizado na área urbana central e no aquífero fraturado na porção sul da cidade. Amostras de águas superficiais foram coletadas nas sete principais lagoas e a água da chuva foi amostrada por um período de um ano. Os resultados dos isótopos estáveis indicaram que a origem da água subterrânea é diretamente da precipitação local, tendo um período de recarga limitado. A área urbana central, onde os sedimentos cenozoicos inconsolidados sobrepõem aos calcários da Formação Sete Lagoas, e em áreas com sumidouros e entradas de cavernas, bem como as próprias lagoas amostradas, foram confirmadas como sendo as áreas mais sensíveis à contaminação do ACSL.