Cadernos de Saúde Pública (May 2009)

Infant mortality trends in the State of Rio Grande do Sul, Brazil, 1994-2004: a multilevel analysis of individual and community risk factors Tendência da mortalidade infantil no Rio Grande do Sul, Brasil, 1994-2004: uma análise multinível de fatores de risco individuais e contextuais

  • Roselaine Ruviaro Zanini,
  • Anaelena Bragança de Moraes,
  • Elsa Regina Justo Giugliani,
  • João Riboldi

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2009000500010
Journal volume & issue
Vol. 25, no. 5
pp. 1035 – 1045

Abstract

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The aim of this study was to analyze the trend in infant mortality rates in the State of Rio Grande do Sul, Brazil, from 1994 to 2004, in a longitudinal ecological study, by means of panel data analysis and multilevel linear regression (two levels: microregion and time) to estimate factors associated with infant mortality. The infant mortality rate decreased from 19.2‰ (1994) to 13.7‰ (2004) live births, and the principal causes of death in the last five years were perinatal conditions (54.1%). Approximately 47% of the variation in mortality occurred in the microregions, and a 10% increase in coverage by the Family Health Program was associated with a 1‰ reduction in infant mortality. A 10% increase in the poverty rate was associated with a 2.1‰ increase in infant deaths. Infant mortality was positively associated with the proportion of low birthweight newborns and the number of hospital beds per thousand inhabitants and negatively associated with the cesarean rate and number of hospitals per 100 thousand inhabitants. The findings suggest that individual and community variables display significant effects on the reduction of infant mortality rates.O objetivo deste trabalho foi analisar a tendência das taxas de mortalidade infantil no Rio Grande do Sul, Brasil, de 1994 a 2004, em estudo ecológico longitudinal, por meio de análise de dados de painel e regressão linear multinível (dois níveis: microrregião e tempo) para estimar fatores associados à mortalidade infantil. A taxa de mortalidade infantil reduziu de 19,2‰ (1994) para 13,7‰ (2004) nascidos vivos, e a principal causa de óbito, nos últimos cinco anos, foi afecções perinatais (54,1%). Aproximadamente 47% da variação nas taxas de mortalidade ocorreram nas microrregiões, e 10% de acréscimo na cobertura do Programa Saúde da Família esteve associado à redução de 1‰ na mortalidade infantil. O aumento de 10% na taxa de pobreza esteve associado com um aumento de 2,1‰ nos óbitos infantis. A mortalidade infantil associou-se positivamente com a proporção de recém-nascidos com baixo peso e número de leitos hospitalares por mil habitantes e negativamente com a proporção de cesarianas e número de hospitais por 100 mil habitantes. Os resultados sugerem que variáveis individuais e contextuais apresentam efeitos significativos na redução das taxas de mortalidade infantil.

Keywords