Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Aug 1992)

Nephrotic syndrome associated with hepatointestinal schistosomiasis Síndrome nefrótica associada à esquistossomose hepatointestinal

  • H. Abensur,
  • I. Nussenzveig,
  • L.B. Saldanha,
  • M.S.C. Petalozzi,
  • M.T. Barros,
  • M. Marcondes,
  • R.T. Barros

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46651992000400002
Journal volume & issue
Vol. 34, no. 4
pp. 273 – 276

Abstract

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Schistosomal nephropathy has long been related to the hepatosplenic form of schistosomiasis. In the last few years, 24 patients with hepatointestinal schistosomiasis and the nephrotic syndrome were studied. Aiming at evaluating a possible etiologic participation of schistosomiasis in the development of the nephropathy, this group was comparatively studied with a group of 37 patients with idiopathic nephrotic syndrome. Both groups had a different distribution of the histologic lesions. In the group with schistosomiasis there was a statistically significant prevalence of proliferative mesangial glomerulonephritis (33.3%), whereas in the control group there was prevalence of membranous glomerulonephritis (32.4%). On immunofluorescence, IgM was positive in 94.4% of the patients with schistosomiasis versus 55.0% in the control group (pA nefropatia esquistossomótica está classicamente vinculada à fornia hepatoesplênica da esquistossomose. Ao longo dos últimos anos 24 casos de pacientes esquistossomóticos hepato-intestinais e portadores de síndrome nefrótica foram estudados. Com o objetivo de verificar a possível participação etiológica da esquistossomose na gênese da nefropatia, analisamos este grupo comparativamente ao grupo de 37 doentes portadores de síndrome nefrótica idiopática. Ambos os grupos apresentaram distribuição distinta dos tipos histológicos de glomerulopatia. No grupo de esquistossomóticos houve predomínio estatisticamente significante de glomerulonefrite proliferativa mesangial (33.3%), enquanto no grupo controle houve predomínio da glomerulonefrite membranosa (32.4%). A positividade para IgM à imunofluorescência foi de 94.4% nos doentes esquistossomóticos versus 55.0% no grupo controle (p<0.01). No grupo de esquistossomóticos 8 pacientes evidenciaram glomerulonefrite proliferativa mesangial e 5, glomerulonefrite membranoproliferativa. Em ambos os tipos histológicos a imunofluorescência mostrou depósitos granulares de IgM e C3 nos glomérulos. Os dados do presente estudo sugerem que as glomerulonefrites proliferativa mesangial e membranoproliferativa, com depósitos glomerulares de IgM e C3 representam as lesões renais específicas da nefropatia esquistossomótica.

Keywords