Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Oct 1991)

Avaliação do teste de imunofluorescência indireta para diagnóstico da filariose bancroftiana usando a microfilária de W. bancrofti como antígeno, em Recife-PE, Brasil Evaluation of indirect immunofluorescence test for bancroftian filariasis using Wuchereria bancroft microfilariae as the antigen in Recife, Brazil

  • Gerusa Dreyer,
  • Luiz Andrade,
  • Marlene Espírito Santo,
  • Zulma Medeiros,
  • Isolda Moura,
  • Jocelene Tenório,
  • Abraham Rocha,
  • Maria Itecir Casimiro,
  • Eliane Galdino,
  • Elisabeth Dreyer,
  • Fátima Béliz,
  • Antonio Rangel,
  • Amaury Coutinho

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46651991000500010
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 5
pp. 397 – 402

Abstract

Read online

Analisou-se o teste de imunofluorescência indireta com microfilárias de W. bancrofti tratadas pela papaína, como antígeno, amplamente utilizado em Recife para o imunodiagnóstico da filariose linfática. Foram testados soros de 50 pacientes portadores das diversas formas clínicas da doença, incluindo microfilaremia assintomática, eosinofilia pulmonar tropical, elefantíase de membros inferiores, linfagite aguda e quilúria. Para o grupo controle, foram selecionados 50 indivíduos vivendo pelo menos há 5 anos em área endêmica, sem nenhuma evidencia clínica e/ou laboratorial da doença, constituindo os chamados endêmicos normais. A sensibilidade e especificidade do teste, segundo diferentes pontos de corte, mostraram a impossibilidade de diferenciação entre o grupo controle e o grupo sabidamente infectado. Também não foi possível estabelecer correlação entre os títulos encontrados e as diferentes formas clínicas. Foi considerada a existência de reações cruzadas relacionadas a helmintíases intestinais, porém nenhuma relação direta foi encontrada.The authors analysed the indirect immunofluorescence assay, for the diagnosis of bancroftian filariasis using papain treated W. bancrofti microfilariae as antigen, widely used in Recife - Brazil. Sera from 50 patients with several clinical forms of the disease including asymptomatic carriers, tropical pulmonary eosinophilia, elephantiasis, filarial fever and chyluria were analysed. For the control group, 50 individuals were selected, living at least 5 years in endemic area, with neither previous DEC treatment nor clinical-laboratory evidences of the disease, called normals endemic. The sensitivity and specificity were analised taking into account different cut off values. It was not possible to differentiate infected individuals from the control group. It was not even possible to establish any correlation with IMF titers among different clinical presentation of the disease. Crossed reactions with various intestinal helminths were considered, but no relationship was found.

Keywords