Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção (Jun 2024)

Perfil epidemiológico da leptospirose em Minas Gerais, 2012-2022

  • Letícia Lima da Silva,
  • Fernanda Carvalho Camargos Vieira,
  • Karina Raasch Jacobsen,
  • Leonardo Augusto Ferraz,
  • Nathany Martello Eich,
  • Yanca Cristina Parreira,
  • Guilherme de Andrade Ruela

DOI
https://doi.org/10.17058/reci.v14i2.18606
Journal volume & issue
Vol. 14, no. 2

Abstract

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Justificativa e Objetivos: A leptospirose, doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira spp., tem a epidemiologia pouco conhecida em Minas Gerais, o que dificulta sua prevenção e controle. O objetivo deste estudo é traçar o perfil epidemiológico da leptospirose no estado de Minas Gerais no período de 2012 a 2022. Métodos: Estudo epidemiológico ecológico, realizado pela coleta de dados no Sistema de Informações de Agravos de Notificações, disponibilizado pelo banco de dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram coletados dados referentes aos casos da doença notificados no local e período selecionados e realizadas análises estatísticas descritivas a partir das variáveis sociodemográficas e clínico-epidemiológicas. Resultados: Foram notificados 1.728 casos de leptospirose. O maior número de notificações foi em 2020 e menor em 2015. Há maior ocorrência da doença na população branca (46,30%), no sexo masculino (81,66%) e na faixa etária de 40 a 59 anos (38,77%). Observando a evolução da doença, nota-se que, de 2012 a 2022, foram registrados óbitos pelo agravo da leptospirose em 9,29% dos casos. A cura se manteve com maior ocorrência: 1,415 altas nessa década (81,89%). Conclusão: Com base nos resultados obtidos conclui-se que há predomínio de pacientes do sexo masculino, raça branca, faixa etária entre 40 e 59 anos e mais de 80% dos casos notificados resultaram na recuperação do quadro de saúde do paciente.

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