Revista de Saúde Pública (Dec 2009)

Fatores psicossociais e organizacionais na adesão às precauções-padrão Factores psicosociales y organizacionales en la adhesión a las precauciones-estándar Psychosocial and organizational factors relating to adherence to standard precautions

  • Maria Meimei Brevidelli,
  • Tamara Iwanow Cianciarullo

Journal volume & issue
Vol. 43, no. 6
pp. 907 – 916

Abstract

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OBJETIVO: Analisar a influência de fatores psicossociais e organizacionais na adesão às precauções-padrão para prevenir a exposição a material biológico em hospital. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 270 profissionais médicos e de enfermagem de um hospital universitário em São Paulo, SP, em 2002. Após seleção por amostragem casual simples, os participantes responderam um questionário sobre variáveis psicossociais na forma de escala de Likert. Foram avaliadas a validade de constructo (análise fatorial) e a confiabilidade (coeficiente alfa de Cronbach). A associação dos fatores psicossociais com a adesão às precauções-padrão foi obtida por meio de análise de regressão logística múltipla, com eliminação retrógrada de variáveis não significativas. RESULTADOS: As escalas mostraram validade e confiabilidade satisfatórias (coeficiente alfa de Cronbach entre 0,67 e 0,82). Fatores individuais relativos ao trabalho e organizacionais explicaram 38,5% do índice global de adesão às precauções-padrão. Esse índice global apresentou associação significativa entre adesão e pertencer ao grupo profissional de médicos, ter recebido treinamento em precauções-padrão no hospital, perceber menos intensamente os obstáculos para seguir as precauções-padrão, perceber mais intensamente a carga de trabalho, o feedback das práticas de segurança e as ações gerenciais de apoio à segurança. CONCLUSÕES: Fatores individuais, relativos ao trabalho e organizacionais influenciam conjuntamente a adesão às precauções-padrão. Programas de prevenção da exposição ocupacional a material biológico devem considerar os obstáculos para seguir as precauções-padrão na prática clínica e enfatizar políticas organizacionais de apoio à segurança no trabalho.OBJETIVO: Analizar la influencia de factores psicosociales y organizacionales en la adhesión a las precauciones-estándar para prevenir la exposición a material biológico en hospital. MÉTODOS: Estudio transversal realizado con 270 profesionales médicos y de enfermería de un hospital universitario en Sao Paulo, Sureste de Brasil, 2002. Posterior a la selección por muestreo casual simple, los participantes respondieron un cuestionario sobre variables psicosociales en la forma de escala de Likert. Fueron evaluadas la validez del constructo (análisis factorial) y la confiabilidad (coeficiente alfa de Cronbach). La asociación de los factores psicosociales con la adhesión a las precauciones-estándar fue obtenida por medio de análisis de regresión logística múltiple, con eliminación retrógrada de variables no significativas. RESULTADOS: Las escalas mostraron validez y confiabilidad satisfactorias (coeficiente alfa de Cronbach entre 0,67 y 0,82). Factores individuales relativos al trabajo y organizacionales explicaron 38,5% del índice global de adhesión a las precauciones-estándar. Ese índice global presentó asociación significativa entre adhesión y pertenecer al grupo profesional de médicos, haber recibido entrenamiento en precauciones-estándar en el hospital, percibir menos intensamente los obstáculos para seguir las precauciones-estándar, percibir más intensamente la carga de trabajo, el feedback de las prácticas de seguridad y las acciones gerenciales de apoyo a la seguridad. CONCLUSIONES: Factores individuales, relativos al trabajo y organizacionales influencian conjuntamente la adhesión a las precauciones-estándar. Programas de prevención de la exposición ocupacional a material biológico deben considerar los obstáculos para seguir las precauciones-estándar en la práctica clínica y enfatizar políticas organizacionales de apoyo a la seguridad en el trabajo.OBJECTIVE: To analyze the influence of psychosocial and organizational factors relating to adherence to standard precautions for preventing exposure to biological material in hospitals. METHODS: A cross-sectional study was conducted among 270 medical and nursing professionals at a university hospital in the municipality of São Paulo, Southeastern Brazil, in 2002. After selection by means of simple random sampling, the participants answered a questionnaire on psychosocial variables in the form of a Likert scale. The construct validity was evaluated using factor analysis and the reliability, by means of Cronbach's alpha coefficient. The association between psychosocial factors and adherence to standard precautions were obtained by means of multiple logistic regression analysis, with backward elimination of nonsignificant variables. RESULTS: The scales showed satisfactory validity and reliability (Cronbach's alpha between 0.67 and 0.82). Individual, work-related and organizational factors explained 38.5% of the overall rate of adherence to standard precautions. This overall rate of adherence was significantly associated with being a physician, receiving training in standard precautions at the hospital, downplaying the obstacles to following the standard precautions, taking the job more seriously, having feedback from safety practices and implementing managerial actions to support safety. CONCLUSIONS: Individual, work-related and organizational factors together influenced the adherence to standard precautions. Programs for preventing occupational exposure to biological material need to take into account the obstacles to following standard precautions within clinical practice, and to emphasize organizational support policies for safety at work.

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