Revista Brasileira de Geomorfologia (Dec 2007)
Desenvolvimento e verificação de métodos indiretos para a estimativa da Erodibilidade dos Solos da Bacia Experimental do Alto Rio Jardim – DF
Abstract
A dificuldade na determinação direta da erodibilidade (fator K) exige o desenvolvimento de métodos para estimá-la a partir de outras características dos solos de mais fácil obtenção. Entretanto, ainda não existe um método indireto considerado o melhor para a estimativa da erodibilidade do solo. O objetivo deste trabalho foi definir a melhor abordagem para se estimar a erodibilidade dos solos da bacia do alto rio Jardim - DF. Foram avaliados quatro métodos indiretos de estimativa da erodibilidade, os quais tiveram seus resultados discutidos e comparados com dados medidos. Os resultados do teste de comparação de médias t- Student indicaram que todos os métodos diferem significativamente dos dados medidos a 5% de significância. Os métodos de Denardin (1990), van der Knijff et al. (1999) e Stone & Hillborn (2002), em média, superestimaram os valores medidos, enquanto o nomograma de Wischmeier et al. (1971) os subestimaram. De acordo com os resultados obtidos, a adoção de um valor de K por classe de solo, como normalmente utilizado, não é recomendada, pois implica em erros consideráveis. Optou-se pelo uso do método de Denardin (1990), pois foi aquele que mais se aproximou do valor medido. Com base no método de Denardin (1990) e nos resultados de sua aplicação com os dados levantados na bacia de estudo, desenvolveu-se um novo método indireto de estimativa do valor de K, baseado unicamente no teor de argila da amostra. O método desenvolvido foi aplicado à bacia do rio Jardim de forma espacialmente interpolada e os resultados obtidos foram considerados melhores do que aqueles gerados com a adoção de um valor médio de K por classe de solo.