Brazilian Journal of Transplantation (Jun 2006)

A UTILIZAÇÃO DO ANTI-CD3 BUTANTAN NO TRANSPLANTE RENAL

  • Francine Lemos,
  • Flavio Marques,
  • Maria Cristina Ribeiro Castro,
  • Luiz Estevam Ianhez,
  • Ana Maria Moro,
  • Maria Teresa Alves Rodrigues,
  • Angélica Garbuio,
  • Isaias Raw,
  • Sandra Maria Monteiro,
  • Verônica Coelho,
  • Jorge Kalil,
  • Jose Osmar Medina Pestana,
  • Valter Duro Garcia,
  • Jorge Neumann

DOI
https://doi.org/10.53855/bjt.v9i3.367
Journal volume & issue
Vol. 9, no. 3

Abstract

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Objetivos: O anticorpo monoclonal anti-CD3 tem sido empregado na prevenção e tratamento de episódios de rejeição aguda em transplante de órgãos. Neste estudo retrospectivo, relatamos a experiência de três instituições brasileiras que utilizaram o anticorpo anti-CD3 produzido pelo Instituto Butantan (São Paulo, Brasil) em pacientes transplantados renais. Métodos: Foram analisados 25 pacientes que receberam anti-CD3 para profilaxia (n=9) e tratamento de rejeição celular aguda (n=16). Resultados: Os pacientes que utilizaram o anti- CD3 profilaticamente eram sensibilizados em sua maioria (89%) e apresentaram ocorrência de rejeição aguda em 33% dos casos. O uso terapêutico foi indicado para tratamento de rejeição córtico-resistente ou rejeições de maior severidade histológica, e reverteu clinicamente 69% dos episódios tratados. Na maioria dos pacientes, o uso do anti-CD3 Butantan reduziu o número de células CD3+ a valores menores que 30 cel/mm3 no segundo dia de tratamento. O evento adverso mais freqüentemente observado foi febre e infecções bacterianas e virais, seis meses após o tratamento, que foram observadas em 13 e 10 pacientes, respectivamente. No período médio de seguimento de oito anos nenhuma ocorrência de tumor foi relatada. Conclusões: Concluímos que a utilização do anti-CD3 Butantan mostrou-se eficaz na profilaxia e tratamento de rejeição aguda em pacientes transplantados renais.

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