Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Jan 2023)

A implantação do hórus como ferramenta para a gestão municipal das centrais de abastecimento farmacêutico

  • Paloma Raquel Oliveira de Almeida,
  • Fabiely Gomes da Silva Nunes,
  • Priscila Ribeiro de Castro,
  • Pablo Maciel Brasil Moreira

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2016.v1.s1.p.2
Journal volume & issue
Vol. 1, no. s. 1

Abstract

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Introdução: O Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus) foi desenvolvido e disponibilizado pelo Ministério da Saúde a partir de 2009, tornando-se uma importante ferramenta para auxiliar os gestores da saúde na qualificação da assistência farmacêutica, ampliação do acesso aos medicamentos e melhora da atenção ao paciente. Além disso, facilita o monitoramento e a avaliação do serviço que está sendo prestado pela equipe de trabalho. Materiais e Métodos: A implantação do sistema Hórus se deu a partir da estruturação física do setor para receber o programa informatizado e da capacitação dos responsáveis, promovida pelo Ministério da Saúde. Uma vez implantado, foram elaborados Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) de todas as ações desempenhadas pelo programa como: implantação, inventário, cadastro, movimentação e dispensação, que uma vez aplicados e em conjunto com o conhecimento da rotina, tornam viável a utilização dessa ferramenta. Resultados e Discussão: Por meio da utilização do Hórus, tornou-se possível manter um melhor controle de estoque com o registro das entradas e saídas dos medicamentos e todas as movimentações de produtos entre Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) e farmácias/unidades de saúde, mesmo naquelas que não fazem uso desse sistema, garantindo rastreabilidade dos lotes e acompanhamento da data de validade. Além disso, o sistema possibilita o monitoramento, a avaliação e o planejamento das ações por meio da construção de relatórios periódicos que retratam a situação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica. A informatização do sistema permite uma conexão em tempo real dos setores que compõem a rede assistencial farmacêutica com transparência das transações feitas. Todas essas ações fomentam a elaboração virtual de relatórios que demonstram a rotina do serviço de forma esquematizada, permitindo que esta seja melhor avaliada e que se apliquem intervenções mais efetivas. No entanto, a adesão continuada do Hórus também traz algumas dificuldades, principalmente em relação à quantidade insuficiente de recursos humanos e equipamentos, sinal de internet e qualificação do profissional a frente do serviço. Conclusões: Com base nos resultados observados, entende-se que a aproximação do gestor aos outros segmentos da assistência farmacêutica propicia uma facilidade de acesso às informações obtidas com transparência e execução efetiva da farmacovigilância, conferindo desenvolvimento e valorização das atividades assistenciais.